O advogado Luís Mello, contratado por Jorge Salgado para o cargo de CEO do Vasco, esteve para assumir o cargo no início de 2020. Acertou as bases, visitou os departamentos, mas desistiu ao saber que o Adriano Mendes, então vice de controladoria, optara por deixar a administração.
Trata-se de mais uma tentativa da profissionalização da gestão, algo que Hamílton Mandarino, vice de Roberto Dinamite, buscou entre 2009 e 2011. O clube ganhou alguma musculatura, conquistou a Copa do Brasil, foi vice do Brasileiro, mas sucumbiu, diante das mazelas políticas.
Luís Mello é elogiado por especialistas do mercado corporativo por sua passagem como presidente da ApFut (Associação Pública de Governança de Futebol), e tem vivência nas explorações de propriedades comerciais por sua participação na Golden Goal - agência de marketing esportivo.
O trabalho do CEO nem sempre é percebido por quem está nas arquibancadas ou diante da TV. Mas é um passo adiante na reestruturação do clube. É quem gera práticas e condições de governança para atingimento das metas, prestando contas à presidência ou a um conselho administração.
Jorge Salgado ainda não assumiu, mas já renovou as expectativas dos vascaínos. A chegada de Vanderlei Luxemburgo compensa a inexperiência de Alexandre Pássaro e a ideia de uma gestão profissional abre a perspectiva de voos mais altos. Basta agora que o time comece a corresponder.