O crescente número de jogadores contaminados pelo coronavirus é, sim, ameaça à continuidade desta edição do Brasileiro.
Embora a CBF venha fazendo o possível para impedir que a Covid-19 interfira drasticamente na competitividade dos times, mudando protocolo da testagem e usando o bom senso nas decisões sobre os adiamentos das partidas, é absolutamente impossível ter agora a dimensão do impacto da doença na continuidade da competição.
Segundo levantamento do site UOL publicado no meio da semana, nos cinco primeiros dias de jogos das Séries A, B e C os clubes registraram 52 casos de atletas contaminados.
O CSA teve 18 jogadores afastados, o Imperatriz-MA isolou doze, e o Goiás ficou sem dez deles.
Teve ainda os controversos casos dos quatro do Atletico-GO, que puderam ir a campo por já terem cumprido o período de isolamento, e outros pontuais, identificados em clubes como Corinthians, Botafogo e Vasco.
Os três jogos já adiados, por ora, não alteraram o humor dos cartolas da CBF, que tentam demonstrar o controle da situação.
Mas entre os jogadores a sensação ainda é de insegurança.
Há quem se queixe da falta de severidade de alguns clubes na vigília do cumprimento dos protocolos de rotina nos CTs e outros que já temem pela rotina em aeroportos e hotéis.
Enquanto não houver o parecer definitivo da ciência sobre a possibilidade da reinfecção, a tese da "imunidade de rebanho" não os tranquiliza.
Vejamos como estarão os times para esta terceira rodada (segunda para alguns clubes), a primeira sob o novo protocolo de testagem da CBF.
Agora, os testes são feitos por laboratórios locais, com os resultados enviados à entidade – antes o material era coletado e enviado para testagem no Albert Einstein, em São Paulo.
Tomara que Botafogo, Fluminense e Vasco não sofram perdas de última hora para os respectivos compromissos contra Fortaleza, Internacional e São Paulo.
Porque agora que todos já entraram em campo é possível ao menos tentar projetar a disputa da Série A em três blocos.
Salvo as imprevisibilidades, na parte de cima brigarão Atlético-MG, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras, com Athlético-PR, Bahia, Corinthians e São Paulo na luta por posições intermediárias.
Na parte debaixo, Atlético-GO, Botafogo, Ceará, Coritiba, Goiás, Fluminense, Fortaleza, RB Bragantino, Santos, Sport e Vasco farão a corrida pelo menos pior.
Vejamos...