O veto de Martin Benitez, por Covid-19, horas antes do 0 a 0 entre Vasco e Fortaleza, foi só outra prova de que o protocolo de testagem da CBF não é seguro.
Os vascaínos fizeram a coleta do material na segunda-feira, e na quarta os resultados dos exames mostraram que dois deles estavam contaminados.
Na quinta-feira (19), dia do jogo em São Januário, o clube informou sobre que o meia testara positivo ao ser submetido à nova testagem rápida.
É evidente que nas 48 horas que antecederam o jogo ele interagiu com companheiros.
E é claro que este hiato entre os dias de coleta do material e da entrega dos exames multiplica os casos em todos os clubes.
Principalmente os que viajam pelo país afora em partidas das Copas de Conmebol.
O ambiente está contaminado e só a CBF parece não ver que os protocolos precisam ser revisados.
Com cerca de 60 jogadores da Série A em quarentena, ainda surge o médico Jorge Pagura, coordenador científico da entidade, relativizando os casos.
Em entrevista à Folha de SP, Pagura falou do relaxamento geral com as medidas de combate à proliferação do vírus.
E responsabilizou os clubes pelo afrouxamento nos procedimentos de segurança.
Disse até, como exemplo, que "times que viajavam de voo fretado trocaram para o de carreira".
Mas, relativizou a proporção de contaminados anunciando que a entidade tem pesquisa com números até a 19ª rodada mostrando o baixo nível de contágio.
Em nenhum momento, porém, falou em algo prático e severo para evitar que os times entrem em campo desfigurados, como já ocorrera com vários deles.
O número de casos só aumenta, agora com a novidade da reinfecção, como a do fisiologista palmeirense Daniel Gonçalves e do meia vascaíno Tales Magno
Este Brasileiro com 38 rodadas, em jogos de ida e volta, num ano como este, foi feito claramente para aliviar as finanças dos clubes e das entidades.
Não tem alegria, é carente de emoção e o nivel técnico é, compreensivelmente baixo.
Uma ofensa ao esporte...