Gilmar Ferreira @gilmarferreira
As derrotas do Vasco em seus dois primeiros jogos do Estadual, para Portuguesa e Volta Redonda, remetem o torcedor ao início ruim da edição de 2020. Pior: potencializam a fragilidade do clube que tem pela frente um dos anos mais difíceis de sua história...
Entregar a uma geração de jovens talentosos a missão de resgatar a atmosfera positiva perdida com o rebaixamento à Série B é tão cruel e perigoso quanto deixar a pasta mais importante da instituição nas mãos de um advogado com três anos de vivência num departamento de futebol.
O planejamento elaborado por Alexandre Pássaro, o executivo que terá de remontar a estrutura do futebol mesmo sem dinheiro, mostra-se equivocado e atrasado para quem está no cargo há 62 dias. A sensação de abandono deprime, e a simples impressão da incapacidade gera revolta.
Já não são poucos os descrentes no projeto de uma diretoria recém-eleita - e justamente num momento em que os primeiros jogos do clube deveriam estar servindo para o engajamento na base de assinantes da VascoTV. A resposta precisa ser rápida mas duvido que alguém as tenha.
Em 11 dias o time estreia na Copa do Brasil enfrentando a Caldense, em Poços de Calda, e o horizonte é desanimador. O que nos dá margens para concluir que o tal plano dos 100 dias propagado por Jorge Salgado e sua trupe incluía emporcalhar mais um pouco a história de um gigante.