Jornalista discorre sobre situação do Vasco e arbitragem

Escrevo duas horas antes do jogo com o Atlético Mineiro. Assim, o pensamento é independente do resultado. São apenas tópicos para que os vascaínos reflitam e debatam as questões, que me parecem desconfortantes.

1. Sábado, na derrota para o Vitória, o Vasco foi inferior ao time baiano, mas acabou prejudicado com dois gols mal anulados pelo assistente José Roberto Larroyd. Ao deixar o Barradão, encontrei dirigentes vascaínos. Não havia nenhum incômodo aparente com a má atuação do árbitro. Não houve protesto, nada oficial, sequer capacidade de indignação. Falta força nos bastidores.

2. Indicado por Pedrinho Vicençote, o atacante Reginaldo, que jogou a Série A italiana pelo rebaixado Siena, estaria sendo contratado. Reginaldo, centroavante, tem 29 anos e, segundo a matéria de Raphael Zarko, do Globo Esporte.com, a contratação foi aprovada por Renê Simões e Ricardo Gomes após observação de vídeos e informações que receberam sobre o atleta. Não seria um negócio de risco? Vale contratar um jogador dessa idade baseado nesse tipo de “ferramenta”?

3. Segundo informações do companheiro Renato Maurício Prado, na Rádio Globo, Renê Simões estaria em rota de colisão com Cristiano Koehler e estaria próximo de deixar o clube. O diretor-geral parece diposto a intervir no futebol.

4. No campo, apesar de frágil tecnicamente, o time já tem organização tática. É possível crescer. O primeiro tempo contra a Portuguesa foi bom, assim como diante do São Paulo. Nesses jogos, o time desandou na segunda parte. Contra o Vitória, foi o contrário. Mal na etapa inicial, bem na final, atrapalhado pela arbitragem. Mas está claro, além do desequilíbrio técnico, a fraqueza psicológica do grupo. Nada que Paulo Autuori não resolva com o tempo e na parada da Copa das Confederações.