O domingo no futebol teve Eurocopa, Copa América, rodada quase completa do Brasileiro. Entraram em campo seleções e clubes estrelados. Jogadores como Cristiano Ronaldo, De Bruyne e Gabigol.
Mas nenhum desses times foi tão grande neste domingo como o Vasco. E nenhum jogador fez tanto bem pelo mundo como o argentino Germán Cano.
Em um jogo da sétima rodada da Série B, a vitória sobre o Brusque por 2 a 1, Vasco e Cano tiveram a coragem que tanto faz falta no preconceituoso mundo do futebol.
Enquanto a seleção brasileira pula o número 24 na numeração de seus jogadores na Copa América, e os grandes paulistas praticamente ignoraram a data, o Vasco, na véspera da celebração do Dia do Orgulho Gay, colocou as cores do arco-íris no maior símbolo da sua gloriosa camisa: a faixa diagonal.
Clubes como Flamengo e Fluminense já fizeram ótimas homenagens colocando as cores do arco-íris nos números nas camisas de seus jogadores. E vários jogadores colocaram as cores símbolo do movimento LGBTQIA+ nas tarjas de capitão.
Mas ninguém foi tão corajoso como o Vasco, que ainda foi às redes com um belo texto contra o preconceito:
O Vasco da Gama assume para si a responsabilidade de se posicionar diante do tema, sem defender aquilo que é cômodo, mas sim aquilo que é correto. O clube será um parceiro daqueles que lutam contra o preconceito relacionado à orientação sexual ou à identidade de gênero de quem quer que seja."
Não bastasse a grandeza do clube, seu maior ídolo atual proporcionou uma cena para entrar na história das mais belas fotografias do futebol.
Ao marcar um gol contra o Brusque, ele pegou a bandeira do escanteio que também tinha as cores do arco-íris e a tremulou para celebrar o gol.
Em uma atitude típica de um "zé regrinha" sem bom senso, o árbitro lhe mostrou o cartão amarelo.
Que se dane o cartão. Cano foi gigante. E o Vasco, pelo menos neste domingo, o maior clube do mundo.