O surgimento do STJD nas manchetes jornalísticas em retas finais de campeonatos é sempre acompanhado dos calafrios que o tapetão pode causar.
Estamos traumatizados. Fato.
Mas desta vez, com a oitava volta olímpica do Flamengo já dada, espero que o tribunal leve à frente o processo aberto pelo Vasco pela impugnação da partida contra o Internacional. Seria uma oportunidade inédita de colocar em xeque o VAR, os donos do VAR, quem comanda o VAR e quem opera o VAR.
Passamos 38 rodadas com erros e equívocos inacreditáveis seguidos do silêncio ensurdecedor da Comissão de Arbitragem da CBF. O máximo de atenção com os clubes e os torcedores que Leonardo Gaciba deu foram notas de esclarecimento assumindo erros no uso da ferramenta e atestando problemas técnicos.
Ué? Não era infalível?
Ué? Não era 100% eficaz?
Ué? Não era a ferramenta mais letal contra os fracos e oprimidos?
Adoraria assistir, ainda que em sessão virtual do STJD, Gaciba se explicando, dando transparência às orientações que ele dá, falando sobre a sua avaliação do uso da tecnologia (sem ser com aquela apresentação fantasiosa de PPT que ele normalmente faz).
Seria ótimo ouvir o representante da empresa que desenvolveu o software deixando claro que HÁ LACUNAS e qual a % de erros.
Seria interessante entender por que nunca soubemos sobre os problemas de "calibragem"que devem ter afetado outros jogos (afinal temos Sol e sombra quase sempre).
Por fim, seria muito importante saber por que é que o árbitro de vídeo concordou com a validade do gol do Internacional mesmo com a falha do equipamento.
Não seria?