A próxima terça-feira será um dia para marcar o reencontro do Vasco com o futuro e a modernização administrativa - ou para jogar o clube de vez nas trevas do obscurantismo e da ditadura ali instaurados pelo presidente interino. Nesse dia, a Justiça do Rio julgará o mérito do recurso da atual diretoria contra a anulação da eleição do Conselho Deliberativo, o colegiado que nomeia o presidente da Colina.
Como se sabe, a oposição entrou com um pedido de anulação da eleição, ano passado, diante da denúncia de que na - aham - vitória da chapa comandada pelo atual presidente interino contabilizaram-se votos de eleitores mortos e outros muito vivos, entre outras coisas fantasmagóricas. A Justiça anulou o pleito, mas a situação conseguiu uma liminar que suspendeu a decisão legal.
O jeito é torcer, e acreditar que, ainda que tardia, a Justiça será feita. Não é possível que o Poder Judiciário do Rio, que vem passando por um inegável processo de transparência, vá contra evidências de fraude e, principalmente, que feche os olhos para os desmandos praticados em São Januário antes, durante e depois das eleições. Tenho certeza de que os magistrados fluminenses querem ver o futebol do Rio livre de métodos que remetem a um passado que envergonha os torcedores.
E, aproveitando a ensancha oportunosa, lanço, inspirado num leitor deste blog, a campanha QUERO O MEU VASCO DE VOLTA! Os vascaínos comprometidos com a história do clube que mais se identifica com as tradições populares do país têm obrigação de lutar para devolver a democracia e a alegria a São Januário.