Foi em 13 de maio de 1913, no estádio da Rua Campos Sales, antigo campo do América, na Tijuca, que os dirigentes tiveram pela primeira vez a preocupação de separar os torcedores dos clubes opostos por setores distintos para evitar as brigas que haviam se tornado costumeiras. A iniciativa partiu dos cartolas do time alvirrubro, que venceu o extinto Americano, do Riachuelo, por 9 a 1. Daí em diante, a prática passou a ser comum, mesmo que a convivência entre rivais tenha sido razoavelmente possível até a primeira metade da década de 1960, inclusive em estádios pequenos. A partir daí, a violência se tornou mais agressiva com emprego de armas e, pior, de uma infeliz banalidade. Vasco e Flamengo, que já possuíam as maiores torcidas quando o Maracanã foi inaugurado, em 1950, passaram a ter lugar cativo nas arquibancadas do gigante. Os cruz-maltinos, primeiros campeões do estádio, tiveram prioridade e preferiram o lado direito das tribunas. Ao Flamengo, coube o esquerdo. Agora, a modernidade promete mudar essa rotina de 63 anos.