Dos problemas que o técnico Lisca tem para corrigir no time do Vasco, a irregularidade do zagueiro Leandro Castán não parece ser o que mais o preocupe.
Porque, mesmo com 34 anos, o zagueiro ainda carrega qualidade e experiência para desempenhar um bom papel na função, ainda mais jogando a Série B.
Contratado ao Roma em 2018, Castán estreou em 12 de agosto e fez desde então 123 partidas com a camisa do Vasco por onde esperava voltar à seleção.
Campeão brasileiro (2011) e sul-americano (2012) pelo Corinthians, trazido do futebol europeu, o zagueiro merecia parceiro do mesmo nível, luxo que não teve.
Em quase três anos, Castán alinhou com Luiz Gustavo, Bruno Silva, Henriquez, Werlei, Ricardo, Miranda, Marcelo Alves e Ernando – se muito, todos média seis.
Sem contar os diferentes volantes utilizados na proteção da dupla, o que dificulta a automação do sistema e acelera os desgastes físico e mental.
Se não houver problemas de condicionamento, o foco de Lisca não estará em Castán, mas em Marquinhos Gabriel que tem a missão de gerar o fluxo ofensivo.
E na derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no jogo de ida pelas oitavas da Copa do Brasil, o atacante não gerou a energia do ataque vascaíno.
E este papel é fundamental para um time que se propõe a ter a posse de bola, assumindo o controle ou dividindo o protagonismo com adversários mais fortes.
O Vasco não tem este jogador e tenta fazer de Marquinhos Gabriel e Sarrafiel o dínamo da aceleração entre meio e ataque, gerador de volume ofensivo.
Curioso para saber de que maneira Lisca conseguirá resolver esta carência do time.
Pelo menos até a diretoria se conscientizar de que precisa ir ao mercado atrás de um camisa 10 de verdade.