Terminar o turno entre os quatro primeiros não garante o acesso de clube nenhum à Série A.
Mas é indicativo dos mais relevantes no radar de quem disputa a segundona com a obrigação de estar no G-4 ao final das 38 rodadas.
Por isso a derrota para o Remo, em Belém, na noite da última sexta-feira, gerou nos vascaínos um misto de revolta e depressão.
O time de Lisca teve uma atuação medíocre, tão desanimadora, que foi possível sentir na redes sociais o tom da desesperança.
O Vasco faz sua quarta participação na Série B mas pela primeira vez encerrará o turno sem ter terminado uma única rodada numa posição de acesso.
E com a pontuação mais baixa entre todas elas.
Ainda que vença o Londrina na última rodada, o time vascaíno fechará nos 31 pontos - um a menos do que o de Adílson Baptista, em 2014.
Naquela edição, aliás, o Vasco também findou o turno fora do G-4 após a goleada de 5 a 0 imposta pelo Avaí, em São Januário, gerando a queda do técnico.
Em 2009 e 2016, o clube encerrou a primeira metade da Série B na liderança.
Em ambas, com 39 pontos, diferente no número de vitórias - 11 em 2009, doze em 2016.
O pessimismo agora é estimulado pelo trabalho ruim da dupla Jorge Salgado e Alexandre Pássaro.
Extra-oficialmente, os dois assumiram o comando do futebol no final de dezembro de 2020.
E no início de janeiro implementaram medidas de enxugamento nos gastos que afetaram o rendimento do time na reta final do Brasileiro.
Lembrando da presença do vice Adriano Mendes, o. mago das planilhas, responsável pelo esvaziamento da gestão anterior.
Com o aval de Carlos Leite, o parceiro vascaíno, Pássaro dirige a única pasta que pode tirar o clube do atoleiro.
Mas em sete meses o advogado que cuidava dos contratos dos jogadores do São Paulo contratou três técnicos, dez jogadores e ainda não fez um time confiável.
Resultado: o Vasco fecha o primeiro semestre num voo torto, com a queda no Brasileiro, a campanha pífia no Estadual e o turno ridículo na Série B.
Parabéns aos envolvidos!