Não é somente no futebol que Flamengo, Fluminense e Vasco têm uma rivalidade. No judô também é assim, e 2019 foi um ano em que a disputa fez as equipes conseguirem grandes resultados e terem diversos atletas representando o Brasil e o Time Judô Rio, em disputas nacionais e internacionais.
Campeão do Troféu Itinerante deste ano com o Flamengo, Floriano Almeida, coordenador técnico do clube, afirma que a rivalidade existe, mas é diferente da do futebol, já que é saudável, sem o clima de revanche.
"A rivalidade que há no judô não vai ser igual à do futebol. Porém, ela é inerente, já que não dá para desassociar o atleta que está vestindo o uniforme do Flamengo, do Flamengo, por exemplo. As coisas acontecem naturalmente. O judô tem essa rivalidade, mas ela é saudável. O Flamengo é o melhor este ano, mas em outros anos foram outras agremiações, e fica tudo bem", disse.
Essa inerência também é destacada por Antônio Moutella, técnico do Fluminense. Ele destaca que a paixão do futebol, voltada para o judô, só tem a beneficiar o esporte.
"A rivalidade só traz um crescimento ao judô do Rio de Janeiro. As três equipes estão ligadas ao futebol, um esporte de massa, de torcidas apaixonadas, e isso é ótimo para o judô, que só tem a ganhar", ressaltou.
Para André Amorelli, técnico da parceria entre Umbra e Vasco, os três clubes estarem fortes no judô faz com que todos queiram trabalhar mais forte, para conseguir resultados, e isso beneficia o judô como um todo. Este ano, a UMBVAS foi a quarta equipe com mais medalhas em competições CBJ.
"A parceria entre Umbra e Vasco é muito importante para as duas partes. Conseguimos alavancar o esporte e trazer o Vasco da Gama de volta ao cenário nacional e internacional, com a Luana Carvalho e a Betriz Comanche, por exemplo, que disputaram o Mundial Sub-18. Essa rivalidade só faz com que queiramos trabalhar mais forte, para estarmos sempre entre os melhores", finalizou.