A reunião do Conselho Deliberativo do Vasco para escolher o novo presidente do clube terá a presença de 20 novos conselheiros, liberados para votar a partir de uma decisão da juíza Flavia Justus, emitida na segunda-feira.
A determinaçaõ tem raiz num antigo processo de Alexandre Campello, então candidato a presidente, para que fossem suspensos os efeitos das reuniões de beneméritos promovidas pelo Vasco em 2017, na qual foram nomeados 29 novos beneméritos e grandes beneméritos - aptos a integrar o grupo de 150 conselheiros natos do clube.
Com base nisso, a juíza quis suspender a eleição do Vasco até que a questão dos beneméritos fosse resolvida. Campello e seu advogado, Rogério Peres, entraram com nova ação pedindo para que a eleição não fosse suspensa, apenas que os 29 beneméritos fossem impedidos de votar. Mas o pedido teve efeito inverso:
- Tendo em vista que não há nos autos subsídio para impedir a que apensa 29 conselheiros não votem, se o próprio advogado da parte afirma neste Juízo que é melhor que a eleição ocorra, revogo a decisão de fls. 472 e mantenho a de fls. 429/432 - diz a decisão da juíza.
Por que 20 e não 29?
Com isso, os 29 novos conselheiros estão aptos a votar na eleição. Entretanto, há apenas 20 vagas entre os conselheiros natos. Os outros nove ficarão como suplentes.
A reunião do Conselho Deliberativo do Vasco está marcada para esta sexta-feira, às 20h, na sede do clube na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Com a atual decisão da Justiça, a chapa "Sempre Vasco Livre", de Julio Brant, poderá indicar 120 conselheiros, enquanto a chapa "Reconstruindo o Vasco", de Eurico Miranda, nomeará 30. Eles se juntarão aos 150 conselheiros natos para escolher o novo presidente cruz-maltino.