Faués Cherene Jassus, o Mussa, reconsiderou o pedido feito nesta quarta para que o julgamento que pode definir as eleições do Vasco seja por videoconferência. A mudança se deu por uma questão estratégica, uma vez que isso resultaria no adiamento de uma definição para 2021. Dessa forma, a sessão virtual, que vai julgar se a votação presencial de 7 de novembro teve validade, pode ocorrer no dia 17 de dezembro, a partir de 13h30, como estava previsto anteriormente.
Nesta quarta, Mussa ingressou com o pedido para que, virtualmente, os advogados das partes envolvidas pudessem fazer sustentação oral durante o julgamento. No entanto, nesse caso, a sessão seria adiada. Como o recesso judiciário começa em 20 de dezembro, o caso somente seria julgado em 2021.
Sem as sustentações orais dos advogados, como deve ocorrer no dia 17, partes apenas vão acompanhar a sessão on-line e os votos dos cinco desembargadores designados para o colegiado que pode decidir o novo presidente do Vasco.
A estratégia de Mussa foi testar a temperatura ao pedir que a sessão fosse por videoconferência, com participação dos advogados. Segundo o ge apurou, ele temia que outras partes fizessem antes o mesmo com a proximidade do julgamento e adiassem a sessão para 2021. Como quase todos se posicionaram contra após a petição do presidente da Assembleia Geral, ele reconsiderou. Há quem diga que Mussa também foi muito pressionado por todas as partes por, ao entrar com o pedido na Tribunal de Justiça, consequentemente atrasar a definição do novo presidente do Vasco
A eleição que vai definir o novo presidente do Vasco está judicializada. Uma votação presencial ocorreu em 7 de novembro, em São Januário, mais foi interrompida antes do fim devido a uma liminar do STJ. Na ocasião, Leven Siano, da chapa Somamos, foi o mais votado.
Com a votação do dia 7 invalidada, uma nova eleição, dessa vez virtual, ocorreu uma semana depois, em 14 de novembro, sem a participação de Leven e outros dois candidatos (Alexandre Campello e Sérgio Frias). Jorge Salgado (Mais Vasco) foi o mais votado. Minutos depois da apuração dos votos, no entanto, o STJ determinou que o caso retornasse ao TJ-RJ.