Júlio Cesar: 'Ganhar pelo seu clube de coração tem um gosto especial'

CANAL VASCO - Nem todos os jogadores tiveram o prazer de poder jogar naquele time que torcia quando criança. No Vasco tem um exemplo de um atleta que não só conseguiu vestir a camisa da equipe que ama, como ser campeão por ela. O lateral esquerdo Júlio Cesar já atuou pelos outros três do Rio de Janeiro, mas quis o destino, como um enredo de filme, que o último fosse aquele que o coração sempre bateu mais forte.

E o plano do camisa 6 para o Vasco vai muito além: a intenção é fazer de São Januário seu último palco do futebol e tornar o Gigante da Colina ainda mais campeão. 

Na entrevista exclusiva que segue, o vascaíno fala sobre o seu lado torcedor, na amizade que existe no grupo atual, expectativa de um clube ainda mais forte no futuro e muitos outros assuntos. Confira:

BATE BOLA: 

Canal Vasco: Como você já declarou que seu time de infância é o Vasco, conte como começou esse amor pelo clube?

Júlio Cesar: Eu sou vascaíno mais pelo meu pai que é cruzmaltino, jogou aqui e a gente acaba torcendo também. Quando vim morar no Rio de Janeiro foi o time que adotei e comecei a torcer, claro que quando viramos profissional, esquecemos um pouco isso, mas no fundo do coração sempre teve aquela torcida pelo Vasco.

CV: Você já ganhou títulos como o Brasileiro pelo Fluminense além de outras conquistas importantes, mas como é ganhar pelo time infância?

JC: É muito diferente, você se sente torcedor. Ser campeão, ganhar títulos é muito legal, mas ganhar pelo seu clube de coração tem um gosto especial.

CV: Os atletas do Vasco costumam falar muito na amizade interna que se criou dentro do clube. Você acredita que ela surgiu depois do que viveram em 2015? 

JC: Acho que sim, depois daquele momento o grupo se fortaleceu, mas demos sorte de os jogadores serem tranquilos, não ter vaidade, isso ajuda muito realmente.

CV: Diversos equipes já venceram campeonatos e não tinham uma boa relação fora de campo. Qual a importância da união de um grupo para se conquistar campeonatos?

JC: Tem todo um processo por trás, como a preparação física a recuperação dos jogadores, a união, amizade, tudo isso faz diferença. O futebol mudou, antes o talento vencia, hoje em dia só o talento não basta.

CV: A espinha dorsal da equipe atual vem ampliando os vínculos com a instituição, já parou para pensar que esse time pode estar junto por um longo período? Já se falaram sobre isso?

JC: A gente conversa bastante, todo mundo está feliz de estar com contrato renovado, de jogar muito tempo junto e o entrosamento aumentando. Claro que vão vir contratações e acho a permanência do Jorginho fundamental para o trabalho que estamos realizando, acredito que o clube pode colher frutos no futuro.

CV: O que projetar na série B? Sabemos que é difícil, mas dá pra fazer história batendo recordes?

JC: Pensamos em subir e ser campeão, recorde fica em segundo plano. É claro que é importante entrar na história do clube batendo recordes, mas não podemos ficar pensando muito nisso, porque acaba virando um problema.

CV: Por fim, como seria para você encerrar a carreira no seu time de criança? É essa sua vontade?

JC: Minha vontade é de continuar no clube por muito tempo, conquistar títulos e encerrar a carreira no Vasco. Espero corresponder até o fim do contrato e quem sabe renovar, quero jogar mais uns anos ainda e renovação de contrato será a realização de um sonho.