O volante Jumar terminou a temporada em alta com a torcida e a comissão técnica. Mas quem disse que foi apenas pelos serviços prestados no meio? Ele se destacou dando uma mãozinha na lateral esquerda e, agora, vê o clube se movimentando para trazer nomes que possam suprir as carências por aquele lado do campo.
Natural de Bandeirantes (PR), Jumar escolheu sua terra natal para passar parte das férias de final de ano. Mal sabia ele que, no início de 2012, teria a oportunidade também de voltar às origens em campo.
Independentemente da função, vou fazer meu máximo. É assim desde o início. Se precisar jogo na lateral, no meio, na zaga disse.
Para o volante, não tem tempo ruim. Dedicado, ele chamou a atenção da torcida justamente pela garra demonstrada dentro de campo, a chave para seu crescimento. Reconhecimento que não chegou a ser surpresa, mas chama a atenção para quem, em 2010, caminhava quase como desconhecido pela Colina:
Minha trajetória foi de superação, sempre tive dificuldades, enfrentei críticas, não é de agora. Mas eu sabia que minha hora ia chegar. Vou manter minha pegada, meu jogo é esse, não escolho jogo pra jogar. Vou sempre fazer o meu melhor, vou dar carrinho se tiver que dar.
O ano de 2011 foi especial em São Januário. O Vasco superou problemas e deu continuidade ao trabalho.
A torcida, que sempre apoiou, foi coroada com a conquista da Copa do Brasil. E Jumar apareceu. Agora, ele faz questão de deixar um recado para os que acreditaram.
Queria agradecer o apoio que me deram nesses dois anos no Vasco. Agora, todos conheceram um pouco mais do Jumar. Não posso deixar de mandar um próspero Ano Novo para toda a torcida.
Melhor ano da carreira
O nome gritado pela torcida soou como música aos ouvidos de Jumar em 2011. O trabalho reconhecido e as chances, por vezes no meio, por vezes na latera esquerda, fizeram o volante chegar à conclusão de que esta foi a melhor temporada na carreira como profissional.
Esse ano no Vasco com certeza foi o melhor da minha carreira. Foi quando tive sequência de jogos, desenvolvi meu trabalho, mostrei meu potencial garantiu.
Humilde, Jumar reconhece que não pode deixar a bola passar em hipótese alguma. Afinal, nem sempre só elogios virão na direção.
Futebol é momento, temos que aproveitar quando está dando certo. Vou continuar crescendo para dar sequência a essa boa fase.
O volante espera que a fase de coisas boas tenha a duração que sua dedicação permitir. Suor não vai faltar e ele já mostrou isso em campo com a camisa do Vasco.
Dedé funciona como exemplo
É impossível não comparar a trajetória de Jumar com a do zagueiro Dedé em São Januário. Assim como o Mito, o volante começou em baixa e foi caindo no gosto da torcida graças à dedicação demonstrada dentro de campo. Mas ele diz que ainda é cedo para ganhar apelido.
Estou crescendo, preciso manter os pés no chão. Fico feliz pelo simples fato de estarem gostando do que faço, é importante esse apoio de todo mundo destacou.
Bate-bola com Jumar
- Como você encara esse apoio da torcida após superar críticas?
Isso é fundamental para todo jogador. Fico feliz por terem me abraçado. Procurei responder com muita dedicação durante os jogos. O que eles fizeram por mim foi muito legal e vou continuar retribuindo com a camisa do Vasco em 2012.
- No início você estava preso na esquerda, mas no final, já estava até arriscando umas subidas ao ataque...
No começo, eu ainda estava me adaptando em uma função que não era minha. A confiança dos companheiros foi fundamental. O Felipe, por exemplo, que é mais experiente, me deu várias dicas para jogar ali.
- Como está a expectativa para a Copa Libertadores do ano que vem?
Não só eu, mas todos estão entusiasmados com a chance de jogar a Libertadores. Vamos fazer uma boa pré-temporada para não errarmos e nos arrependermos depois. É um campeonato duro, disputado.
- Quem mais te apoiou quando estava em baixa em São Januário?
O Ricardo (Gomes) e o Cristovão (Borges) foram fundamentais na minha recuperação. Eles me olharam durante os treinamentos, viram que eu queria crescer. Tenho que agradecer muito aos dois por terem confiado no meu futebol.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)