Defender o Red Bulls, dos EUA, não foi apenas uma decisão familiar. Obviamente, como Juninho faz questão de deixar claro, o ambiente que o Vasco vive atualmente influenciou, e muito, na escolha de não renovar seu vínculo com o clube. Em sua primeira entrevista após ter definido seu futuro profissional, o Reizinho revelou detalhes que tanto o incomodavam no dia a dia da Colina e garantiu que, se a situação fosse outra, sequer teria ouvido outras propostas.
- Se o clube fosse organizado, meu contrato já teria sido renovado há muito tempo. Não teria que ouvir outras propostas. E não quero correr o risco de manchar tudo o que já fiz pelo Vasco. Há muita coisa errada. o ambiente no dia a dia é duro, é sujo e não posso ser escudo para isso tudo. Tenho somente que jogar futebol, é desta forma que eu poderia ajudar. Nada mais do que isso. A situação que o Vasco vive é propícia para oportunistas, como ex-dirigentes, conselheiros e até jornalistas. É coisa de euriquista, imagino que seja - desabafou Juninho, por telefone, ao LANCE!Net.
Quanto as algumas críticas sobre sua saída, em um dos momentos mais complicados do clube, o Rei foi enfático:
- Acho uma grande sacanagem que se analise desta forma. Eu sou profissional, tenho que jogar futebol. Retornei para pagar uma dívida que tinha e renovei três vezes meu contrato, mesmo com a situação difícil. Eu tinha o direito de, após um ano e meio de muita dedicação, optar por algo que fosse melhor para a minha carreira. Acho que falar que abandonei o clube, ou algo assim, é uma grande sacanagem. Mas respeito opiniões. Dentro de campo, fiz de tudo pelo Vasco.
Juninho destacou ainda que acredita em uma volta por cima do Vasco, com as contratações de René Simões e Ricardo Gomes, mas que as transformações positivas vão acontecer a longo prazo. Algo que, para ele, não seria viável, pois pensa em terminar a carreira no fim de 2013.
- Acredito que as coisas vão mudar. O primeiro acerto para que as coisas melhorem foi a contratação desses profissionais. Mas isso será a longo prazo, não vai ser da noite para o dia. E eu não tenho tempo, em breve vou terminar a carreira e não teria mais como ajudar. Não tenho mais 23, 24 anos. O clube continua, mas o jogador passa. É assim que é.