Prestes a voltar a atuar em São Januário e diante da torcida, o meia Juninho Pernambucano relembrou sua boa performance e também do Vasco diante do Fluminense, mas, apesar da experiência, não se deslumbra com a atuação de gala no clássico:
\"É justamente esse o segredo dos jogadores que já têm essa experiência é saber que aquilo que a gente fez não vai mudar em nada para o próximo jogo ou não vai mudar em nada na nossa preparação. É claro que representa o prazer de fazer aquilo que a gente gosta e com resultado. Às vezes a gente faz e o resultado não vem, então você dá um passe daquele e já sai o gol, a primeira bola que eu peguei, acertei um bom chute, fazer um gol e sair de campo com a vitória é ter a sensação do dever cumprido, mas ao mesmo tempo é uma coisa que é normal. O grande problema dos jogadores é que, às vezes, com que a gente consegue, passa a linha em que a gente esquece que é humano, é ter a noção de que você é um ser humano, você tem defeitos e você precisa sempre melhorar. Eu acho que é esse o segredo, estar sempre se colocando à prova, sempre duvidando que, será que realmente fiz o melhor e posso fazer mais? Acho que essa e a grande diferença, aprendi muito fora do Brasil e esse um dos grandes defeitos dos jovens jogadores brasileiros que, numa semana em que eles conseguem algumas coisas interessantes, acabam passando do limite e você acaba freando esse crescimento que você tem pela frente. Não é porque eu tenho 38 que eu não tenho nada que aprender. É mais ou menos assim que eu encaro minha profissão e isso é um jeito de continuar jogando bem.Quando eu começar a perder isso, e a cada dia está mais difícil, de ter esse tipo de motivação, eu acho que é aí que chega o momento de parar\" afirmou Juninho a Super Rádio Brasil.