Faltando menos de 1 mês para as eleições do Vasco, que estão previstas para 11 de novembro, a Junta Governativa de Transição acredita ter pouca chance de assumir a direção do clube.
A Junta havia sido designada pelo Conselho Deliberativo para ficar à frente do Vasco entre o final de agosto, quando terminou o mandato de Roberto Dinamite e o outros dirigentes, e a posse da diretoria que ainda será eleita. Tal medida foi necessária devido ao adiamento das eleições de 6 de agosto para 11 de novembro. Uma liminar na Justiça, porém, impediu que a Junta de Transição assumisse, mantendo Dinamite no cargo. A decisão agora está a cargo do desembargador Camilo Ruliere, do TJ/RJ.
Silvio Godoi, um dos integrantes da Junta (os demais são Alcides Martins, Eduardo Rebuzzi e Jorge Luiz Morais), declarou ao jornal Lance que não acredita mais em nenhuma mudança até as eleições:
"Sinceramente, acho que não vai haver nenhuma decisão até a eleição. Agora só falta um mês e vão acabar empurrando até lá. É um absurdo essa demora, por isso vou entrar com uma petição contestando, tecnicamente, o tempo que o desembargador está com esse processo sem decidir", declarou Godoi ao Lance.
Por outro lado, o advogado Alan Belaciano, que obteve a liminar juntamente com Leonardo Gonçalves (presidente da Cruzada Vascaína e integrante da chapa Sempre Vasco, do candidato Julio Brant), culpa os candidatos Eurico Miranda (chapa Volta Vasco! Volta Eurico!) e Roberto Monteiro (chapa Identidade Vasco) pela demora:
"O processo era para ser relativamente simples, mas Eurico e Monteiro conseguiram complicar, uma vez que entraram onze terceiros interessados no caso e, por razões óbvias, um processo de 80 páginas ficou com mais de mil. Isso, sem dúvida, dificultou a análise dos fatos", declarou Belaciano também ao Lance.
As eleições para o Conselho Deliberativo do Vasco têm 17 chapas inscritas, mas só 6 já indicaram candidato à presidência.