Vasco entrou com uma petição nesta segunda-feira para alterar os rumos da ação que investiga a urna 7. O clube pede que o caso seja apreciado na 17ª Vara Cível do Tribunal de Justica - atualmente está na 52ª.
O argumento do Vasco é de que houve burla na distribuição do processo. Internamente, o clube questiona a atuação da juiza Maria Cecilia Pinto Gonçalves. Se conseguirem, o processo em segunda instância sai automaticamente também da 17ª Camara e vai para 12ª Camara.
A 17ª Vara Cível é a mesma da desembargadora Marcia Alvarenga, responsável pela última decisão do caso, que fez com que os votos da urna 7 fossem válidos.
Alvarenga também determinou perícia na urna. O prazo para a entrega de um laudo simplificado termina nesta segunda-feira.
Entenda o caso
A eleição do Vasco foi realizada no dia 7 de novembro, em São Januário. Nela, 691 nomes da lista de sócios foram indicados para votar numa urna separada - a urna 7. Destes, 475 compareceram à votação.
Estes nomes são os sócios de que se filiaram ao clube em novembro e dezembro de 2015, num fluxo muito maior que o registrado nos meses anteriores. O Vasco alega que houve um represamento anteriormente por causa do fim da categoria de sócio geral - que aconteceu no fim daquele ano.
Ao todo, 90% dos votos da urna 7 foram a favor de Eurico Miranda e determinaram a vitória do atual presidente do Vasco. Por causa da suspeita de irregularidades, a oposição entrou na Justiça para tentar anular os votos - o que foi conseguido numa primeira decisão, agora revogada.
A eleição do Vasco é indireta. A chapa vencedora elege 120 conselheiros, enquanto a segunda colocada escolhe 30. Estes 150 se unem aos 150 conselheiros natos para, juntos, numa reunião do Conselho Deliberativo, decidirem o presidente. Ainda não há data para que este encontro aconteça.