Excluídos da Assembleia Geral Extraordinária que referendou as diretas no Vasco e, consequentemente, também impedidos de participar das próximas eleições presidenciais, marcadas para 7 de novembro de 2020, os sócios Mauro Silva Ozório Filho e Guilherme Maia de Faria entraram com processo contra a Junta Deliberativa do clube.
A mesma, em 10 de julho, decidiu pela exclusão de anistiados que integram a categoria "Sócio Geral". Assim, 1.314 associados perderam direito a voto.
Nesta quinta-feira, saiu decisão favorável a Mauro e Guilherme. Esta determina que o Vasco, com urgência, explique qual norma estatutária permitiu a exclusão dos anistiados.
Confira a decisão abaixo:
"1- Intime-se o reú, com URGÊNCIA e por OJA, para que e manifeste, prazo de 5 dias úteis, acerca de tutela provisória de urgência requerida pelos autores. Em sua manifestação, o réu deverá indicar, de forma clara e objetiva, qual a norma contida no Estatuto Social do Clube, que fundamentou a exclusão dos autores de participarem da Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 07 de novembro de 2020. Decorrido o prazo, voltem imediatamente conclusos.
Vale lembrar que, em paralelo ao processo de Mauro e Guilherme, a Junta Recursal do Vasco começou a avaliar a partir desta segunda-feira pedidos de impugnação de eleitores e elegíveis.
Outro dado importante é que, apesar de marcadas para o dia 7 de novembro, as eleições presidenciais do Vasco seguem ameaçadas, pois o resultado da Assembleia Geral que anuiu a realização das diretas no clube está sub judice.
No último dia 9, a juíza Elisabete Franco Longobardi, por meio de liminar, deu direito a voto a dois associados anistiados. Para recuperarem a condição de eleitores, bastavam o pagamento dos débitos que tinham com o clube. O portal Esporte News Mundo publicou a informação.
Tal decisão motivou o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, e o presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godoy, recomendarem à Junta de Recursos que acolhessem os pedidos dos anistiados.
Vale lembrar que Monteiro e Godoy votaram a favor da exclusão dos anistiados na reunião da Junta Deliberativa realizada em 10 de julho.