Na última terça-feira, a 5ª Câmara Cível do Rio de Janeiro decidiu, por maioria de votos, reduzir de 100% para 50% o bloqueio das verbas do Vasco em relação ao patrocínio da Eletrobras e das cotas da CBF. No entanto, o clube por enquanto não terá acesso a esses ou a quaisquer outros montantes. A Fazenda Nacional continua a reter a totalidade das rendas do Vasco a título de pagamento de dívidas. Essa é a realidade de São Januário há quatro meses.
- Assim que essa decisão da 5ª Câmara for publicada nós vamos recorrer, porque queremos que o desbloqueio fique, no máximo, em 5%. Mas na prática, o Vasco segue sem qualquer verba porque tudo ainda está penhorado na Fazenda Nacional em relação a processos tributários e previdenciários - explicou Marcello Macedo, advogado contratado pelo clube para tentar resolver a situação.
O maior esforço do departamento jurídico do Vasco é, portanto, para interromper o bloqueio de todas as verbas na esfera nacional. Mesmo após algumas derrotas nos tribunais, o clube ainda tem a esperança de uma vitória que alivie o ambiente e mude um panorama que se arrasta desde agosto.
- Acreditamos que os juízes em algum momento terão a sensibilidade e vão enxergar que, da maneira que está, o Vasco fica completamente inviabilizado. O clube não quer deixar de pagar os seus credores, então o desbloqueio é uma maneira de que eles não fiquem sem receber - frisou o advogado.