O Vasco patinou até metade do ano entre dois extremos pouco recomendáveis no futebol: a escalação de times envelhecidos demais ou excessivamente jovens. Pagou o preço do desequilíbrio com a oscilação de rendimento e a temporada sem títulos. Nesta reta final de Brasileiro, porém, com chances reais de conseguir a classificação para a Libertadores do ano que vem, o departamento de futebol finalmente conseguiu chegar a um meio termo entre juventude e experiência.
A primeira partida oficial do time em 2017 foi disputada com uma equipe que desde a temporada anterior vinha sendo criticada pelo excesso de jogadores acima dos 32 anos. Contra os garotos do Fluminense, o time com média de idade de 29,7 anos não viu a cor da bola e foi derrotado por 3 a 0.
Depois, já no Campeonato Brasileiro, Milton Mendes, motivado por escolhas pessoais e pela necessidade por causa de desfalques, escalou o Vasco com cinco jogadores de 22 anos ou menos: na vitória sobre o Atlético Mineiro, a média era de 25,3 anos. Mas esses mesmos meninos oscilaram na competição.
O problema começou a ser resolvido na virada do primeiro para o segundo turno. A chegada de Anderson Martins, Ramon e Andrés Ríos equilibraram o elenco, assim como as escolhas de Zé Ricardo: a equipe titular atual possui média de 27,3 anos.
- Sabemos o que queremos no Brasileiro. O trabalho tem sido constante para que possamos seguir crescendo na tabela. Tomara que no fim do ano possamos coroar isso com a vaga na Libertadores - disse o técnico vascaíno, atrás de nova participação na competição (ele a disputou este ano com o Flamengo).