Esta sexta-feira é dia de reencontro entre Leandro Castán e o dentuço. Era assim que Nico López era chamado no vestiário da Roma pela legião de brasileiros que recebeu o colega sul-americano em 2012. Oito anos depois, o uruguaio segue sendo alvo de brincadeiras por causa dos dentes, virou arma do Internacional, e caberá ao zagueiro do Vasco pará-lo em São Januário.
A experiência acumulada na temporada que tiveram juntos no clube italiano serve para Castán evitar surpresas na partida desta noite. Ele admite que não era fácil marcar o atacante nos treinos, mas se impor logo no começo pode ser uma alternativa.
- Ele dava trabalho, ele e o Lamela (argentino atualmente no Tottenham). Mas aí a gente dava uma pancadinha e o mandava para o outro lado - lembra, aos risos.
O mesmo jogador que intimidava nos treinamentos tentava acolher também. López era um garoto de 19 anos quando foi contratado, vindo do Nacional, e logo procurou ficar perto dos brasileiros quando chegou - eram seis naquela temporada. Caçula, também era alvo de zoações. Conhecido como "El Diente" no Uruguai, virou o "Dentuço" no Velho Continente.
- Brincávamos que ele era o mais feio do elenco. Lembro disso, Nico era um menino do bem - diz Leandro Castán, hoje com 31 anos.
A parceria entre os dois foi curta. Nico López chegou à Roma em 2012 e na temporada seguinte já se transferiu para a Udinese. Pela equipe da capital italiana, foram apenas sete jogos e um gol. Quando se enfrentaram pelo Campeonato Italiano, Castán levou a melhor: 3 a 2.
- Ele chegou muito novo à Roma, mas já dava para ver que tinha potencial grande. Sempre jogou na profundidade, é muito rápido, dribla para os dois lados. Precisaremos ter muita atenção com ele.