Lédio Carmona comenta rebaixamento do Vasco

uma reação a partir da 24ª rodada do segundo turno, com sete vitórias, sete empates e apenas uma derrota, o Vasco terminou o Campeonato Brasileiro na 18ª posição, a dois pontos de se salvar. Para o comentarista do SporTV Lédio Carmona, o aproveitamento contra os rivais diretos na parte inferior da tabela foi determinante para a queda (assista ao vídeo).

- Aquele foi um momento decisivo da campanha do Vasco. Era o momento de se recuperar, dar a volta por cima. Eram adversários diretos contra o rebaixamento, Coritiba, Figueirense, Joinville e Goiás. Nesses jogos, o Vasco fez um gol. Aí fica muito complicado você reverter depois. Claro que se recuperou, cresceu, mas não foi suficiente. Empatou demais e tropeçou muito - disse.

Desde que chegou ao Vasco, no fim do primeiro turno, Nenê esteve presente em todos os jogos do time no Campeonato Brasileiro e perdeu apenas 43 minutos das partidas que disputou. Na visão do comentarista Lédio Carmona, a dependência do camisa 10 atrapalhou o desempenho do time por conta do tempo chuvoso em Curitiba neste último domingo.

- O time do Vasco tem muitas dificuldades técnicas. É um time que depende da velocidade do Madson e da técnica do Nenê. E esses jogadores ficaram prejudicados pelas condições do campo, quando o Vasco precisava rolar a bola no campo, impor velocidade e tentar fazer uma pressão baseada nos poucos jogadores com técnica que o time tem - disse.

O Vasco chegou ao terceiro rebaixamento em oito anos, mas, para o comentarista Gil Rocha, o momento é diferente. A reação do time no segundo turno e o apoio da torcida na fase final refletem um sentimento diferente dos torcedores em relação aos jogadores.

- Se existe uma forma um pouco menos dolorida de cair, foi essa do Vasco, pela recuperação. Mas mesmo quando se recuperou, o time mostrou muitas limitações. Mesmo na Série B do ano passado já não foi aquilo que a torcida esperava. Classificou com certa tranquilidade, mas ficou longe do título. Esse ano começou muito mal apesar da conquista do Campeonato Carioca. O Vasco precisa repensar em termos de qualidade o time para o Campeonato Brasileiro - disse.

Enquanto o Vasco foi rebaixado, o Coritiba conseguiu se livrar e por dois pontos ficou fora da zona da degola. Nesta temporada, o Coxa teve três treinadores diferentes e terminou o ano com Pachequinho. Gil Rocha ressaltou que o time tem constantemente "namorado" com o rebaixamento.

- Nos últimos anos, o Coritiba tem sido assim. É aquele aluno que precisa da recuperação para passar de ano, O Coxa ficou 24 rodadas na zona de rebaixamento e saiu na hora certa. Tentou três treinadores diferentes. Acertou agora com o Pachequinho, que deu um padrão de jogo bom, fez boas apresentações, conseguiu somar os pontos e chegar com uma certa tranquilidade nessa rodada final - disse.

Com o empate em 0 a 0, Coritiba e Vasco têm destinos diferentes em 2016. Enquanto o Coxa segue na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o Vasco vai disputar a Serie B. O Cruz-maltino ficou com a 18ª posição e acompanha Avaí, Goiás e Joinville na briga pelo acesso do ano que vem.