O Vasco está em curso da principal tarefa do ano: voltar à elite do futebol após um amargo pesadelo, que fez a torcida reviver o terror do rebaixamento. O jogo contra o Sampaio Corrêa, pela Série B do Brasileiro, marcado para às 21h50 (de Brasília) desta terça, em Teresina, é um dos degraus do clube de São Januário, ainda envolto por uma punição que o tem obrigado a jogar distante de casa. O volante Rômulo, ex-Vasco e hoje no Spartak Moscou, curte férias no Brasil. Ele não esconde a felicidade pela união de duas paixões: o Cruz-Maltino e sua terra natal. Piauiense, o jogador reforça o apoio irrestrito ao clube que o projetou nacionalmente.
- Fico feliz porque no Piauí tem bastante torcedor, ajuda. Só não vai dar para eu ir ao estádio. Não vou assistir ao jogo no Albertão porque estarei em Picos (cidade localizada a 300 quilômetros da capital) matando a saudade da família. Mas vou assistir pela televisão, até porque sempre torço para o Vasco. Se bem que, na última vez que assisti, perdemos para o Flamengo na final do Carioca. Que time para ter sorte, viu? – disse, às gargalhadas.
Rômulo deixou o Vasco em meados de 2012. Em setembro daquele ano, rompeu ligamento do joelho direito. Para curar a lesão, o volante precisou de duas cirurgias e mais de um ano de recuperação. Voltou a jogar pelo Spartak em fevereiro de 2014.
- Estar voltando a jogar, disputando uma competição forte como o Campeonato Russo, sem sentir nada, nenhuma dor, é um ganho muito grande. Sempre quando há essas lesões, a massa muscular não é a mesma. Graças a Deus eu terminei bem e pude jogar vários jogos - explicou o jogador, que participou de 13 partidas no ano.
O Spartak acabou a temporada na sexta posição e abocanhou vaga na Liga Europa, segunda competição mais importante do Velho Continente. O recomeço na Rússia, segundo ele, o distanciou das notícias do clube da Colina. Embora desconverse sobre um eventual retorno aos gramados brasileiros, o volante não se esquiva de comentar o momento do Vasco.
- Querendo ou não, o Vasco é um dos favoritos na Série B, mas para garantir esse favoritismo, os jogadores têm que dar a vida, mostrar garra, porque o Brasileiro é um campeonato bem difícil. Tem que lutar bastante – pediu o volante, que ajudou o Vasco na conquista da Copa do Brasil em 2011.
Enquanto curte a proximidade da família e as emoções do clube de coração “no quintal de casa”, Rômulo se refugia no aconchego de dona Luciana, mãe coruja assumida.
- Ela não fala muito de futebol, conversa pouco. Ela é mais de apoiar, cuidar e saber se eu não estou doente (risos).