Aos 28 anos, Léo Jardim vive a expectativa de voltar a disputar o Campeonato Brasileiro após seis anos atuando na Europa. Titular do Vasco, o goleiro está em processo de readaptação ao futebol nacional - nenhum bicho de sete cabeças para ele - e busca se firmar no time de Maurício Barbieri.
Titular em nove dos 15 jogos do Vasco na temporada 2023, Léo Jardim esteve em campo nas duas eliminações do time, na segunda fase da Copa do Brasil e na semifinal do Campeonato Carioca. Foi um momento difícil para a equipe, mas o goleiro acredita que isso não pode apagar a evolução do trabalho de Barbieri, que conseguiu boas performances no primeiro trimestre.
- Apesar de alguns resultados que a gente não esperava e não queria, tem sido um começo desafiador, bem produtivo. A gente tem trabalhado muito, buscado evoluir o máximo. É o começo de um trabalho, de uma reconstrução que vejo com bons olhos, vejo muito progresso e espaço pra gente crescer. Começo bastante promissor - resumiu Léo Jardim durante a gravação do Media Day no Vasco.
- É um momento importante na minha carreira, em que decidi voltar para o Brasil para um projeto muito ambicioso. Poder representar essa camisa, participar dessa reconstrução é motivo de muita felicidade, de honra e tenho procurado trabalhar muito para representar essa camisa da melhor maneira e conquistar os objetivos com o grupo - acrescentou o goleiro.
Adaptação ao Brasil
Depois de mais de dois anos vivendo em Lille, na França, o goleiro confessa que sentiu falta do clima brasileiro. O Rio, no entanto, é novidade para ele, que antes de ir para a Europa defendeu o Grêmio e viveu em Porto Alegre por sete anos.
- Tem sido muito tranquilo para mim. O Daniel Crizel, nosso treinador de goleiros, tem me ajudado bastante, e minha adaptação tem sido tranquila, não tem sido nada complicada. Tenho trabalhado bastante para me adaptar e estar bem preparado para ajudar o Vasco - contou Léo.
O calor de mais de 40º, registrado algumas vezes no verão do Rio de Janeiro, não assustou Léo Jardim. Na França, o goleiro estava acostumado com temperaturas bem mais baixas e um inverno longo, o que dificultava a rotina fora do clube.
- O clima é muito diferente. Eu estava numa cidade em que era muito frio, e chegar aqui no calor do Rio de Janeiro, os primeiros meses foram bem difíceis a adaptação. Mas prefiro o calor, então foi mais fácil para eu me adaptar. Eu estava com saudade do verão, lá era até difícil de sair de casa por causa do frio, então estou gostando muito do clima daqui - completou o jogador.
Léo Jardim ganha moral com Barbieri
O goleiro conviveu com algumas críticas da torcida nos primeiros meses de Vasco, apesar de nenhuma falha evidente. Teve atuações seguras em alguns momentos, como na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, em clássico pela Taça Guanabara. De cara, Léo Jardim ganhou a confiança de Maurício Barbieri e da comissão técnica.
- É uma relação boa, muito tranquila, é claro que nos clubes os goleiros têm uma relação mais próxima com o treinador de goleiros. Mas é uma relação muito boa com o professor Barbieri, a gente sempre participa também dos trabalhos com o grupo, tentando aprimorar e fazer o que ele pede - concluiu Léo Jardim.
No Campeonato Brasileiro, ele terá a chance de recuperar a confiança do torcedor vascaíno e se firmar nos planos da comissão técnica para o restante do ano. Comprado junto ao Lille e com contrato até o fim de 2025, Léo Jardim sabe que não pode dar bobeira, porque tem a sombra de outro bom goleiro contratado pela SAF: emprestado pelo Corinthians, Ivan busca mais oportunidades com Barbieri.