Do dia em que chegou ao Vasco, em junho de 1995, vindo como contrapeso da negociação que trouxe o atacante Leonardo, para hoje, quando reestreia pelo clube, contra o Corinthians, às 21h50m, no Pacaembu, muita coisa mudou. Juninho ganhou quase tudo pelo Vasco, venceu sete vezes o Campeonato Francês e foi vitorioso no Qatar. Mas a volta ao Vasco nem sempre foi uma certeza.
Às vezes, ele vem para Recife ou nos falamos pela internet. No ano passado, não me lembro se em novembro ou dezembro, num amistoso beneficente, ele me disse que não queria mais jogar, que iria só terminar o contrato no Qatar e que não dava mais. Mas ainda bem que mudou de ideia disse o atacante e amigo Leonardo, de 37 anos, que chegou ao clube junto com Juninho, ambos vindo do Sport.
Ao contrário do que muitos pensam, nem sempre a relação de Reizinho com o Vasco foi das melhores. Logo ao fim do Campeonato Brasileiro de 1995, quando descobriu que o amigo iria embora, Juninho não segurou as lágrimas por conta da partida do companheiro e dos problemas de adaptação.
A presidência do Sport foi até o Rio de Janeiro atrás de mim. Era para eu voltar. O Vasco não tinha dinheiro e queria que o Juninho fosse embora, voltasse. Mas o Sport me vendeu para um grupo que me repassou ao Corinthians. E ele ficou. Na hora que eu fui sair do Vasco, ele disse que queria ir no meu lugar, que a mulher dele estava grávida. E chorava muito. Eu disse que, por mim, eu ficava. E ele chorava disse Leonardo, que é o terceiro maior artilheiro da história do Sport.
Do amigo, lembranças boas e até um apelido um tanto quanto inusitado.
O pessoal lá do Sport colocou o apelido de Sapo Joe. Porque ele era branquinho e parecia uma rã diverte-se Leonardo, que encerra às gargalhadas para desejar sorte ao amigo em sua volta ao clube que ele ama de coração.
Desejo sorte, tomara que faça uma boa estreia e quem sabe com um gol de falta. Bate muito bem na bola. Ele é um vencedor disse Leonardo, que tem o desejo compartilhado por toda a torcida vascaína.