Apesar da decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que suspendeu a eleição deste sábado no início da noite, a mesa diretora do pleito do Vasco deu prosseguimento à votação. Pouco antes das 2h deste domingo, após procurar e não encontrar um lugar para deixar as urnas lacradas, a mesa decidiu abri-las e contar os votos. O candidato Leven Siano foi o mais votado.
Pela decisão do presidente do STJ, a contagem de votos não tem efeito eleitoral no clube.
Veja os números da contagem, com 3.447 votos depositados nas urnas em São Januário.
Leven Siano - 1.155 votos
Jorge Salgado - 921 votos
Julio Brant - 862 votos
Alexandre Campello - 336 votos
Sérgio Frias - 153 votos
Brancos - 4 votos
Nulos - 15 votos
A decisão do presidente do STJ suspendeu a eleição presencial deste sábado, em São Januário. De acordo com o presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faués Jassus, o Mussa, a decisão também recolocou em vigor a liminar que marcou a eleição online para o dia 14 de novembro, de forma online.
A decisão do STJ chegou ao Vasco pouco depois das 20h deste sábado. A votação havia começado às 9h55 e iria até as 22h. Após a notificação chegar ao clube por e-mail, as urnas foram fechadas. Depois de muita discussão, já com Mussa fora de São Januário, a mesa diretora decidiu seguir com o pleito e deixar os sócios que estavam na fila votar.
Nesse momento, três candidatos se retiraram do pleito: Alexandre Campello, Jorge Salgado e Julio Brant. Permaneceram apenas Leven Siano e Sérgio Frias. Os dois continuaram no clube até a madrugada, acompanhando a contagem dos votos.
Compõem a mesa diretora quatro pessoas, que tomaram a decisão de seguir com o pleito e contar os votos na madrugada: o vice-presidente da Assembleia Geral do clube, Alcides Martins, o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, o presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godói, e o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Sérgio Romay.
Os sócios que foram ao ginásio após a retomada, que ocorreu às 21h15, votaram em uma urna separada, a 5. Outra urna à parte, esta desde o início do pleito, foi a 8, que recebeu os votos dos anistiados. Eles haviam ficado fora da lista de eleitores aptos a votar, mas foram incluídos por liminar, antes do julgamento do mérito. No total, foram recebidos 3.447 votos (destes, 113 foram após a suspensão e retomada da votação).
Pouco depois das 22h, as luzes de São Januário foram apagadas. A sede ficou no escuro. Ainda havia gente na fila que não conseguiu votar. Houve, então, longa discussão para saber o que fazer. As urnas, em um primeiro momento, foram lacradas. O clube, no entanto, não conseguiu uma empresa de segurança para ficar com elas.
O Vasco tentou no plantão do Tribunal de Justiça uma decisão para que o tribunal se responsabilizasse pelas urnas. Sem resposta, a Mesa Diretora resolveu iniciar a apuração. Já era madrugada, por volta das 2h.