Pior do que perder é não se indignar com a derrota. O técnico Antônio Lopes completa amanhã, segundo o pesquisador Gustavo Cortes, 600 jogos dirigindo o Vasco — perde apenas para Lula no Santos (963) e Flávio Costa no Flamengo (733) — sem ter muito o que comemorar. Apesar da experiência, com 306 vitórias, 146 empates e 147 derrotas, o treinador parece impotente para combater os principais problemas do Vasco, a acomodação e divisão do elenco.
Domingo à noite, a delegação deixou o Aeroporto Santos Dumont por uma porta lateral, fugindo de uns poucos torcedores que esperavam para protestar contra a goleada para o São Paulo. Ontem, no Vasco-Barra, o clima era normal.
Um dos poucos a mostrar indignação era Leandro Amaral, que voltou a criticar o time: — Fico envergonhado pela forma como foi. Encontro os amigos e eles dizem que se fizerem um time na rua vão ganhar da gente. Mantendo esse nível de atuações, a gente corre um risco grande.
Para piorar, Lopes tem problemas para escalar o time para o jogo com o Coritiba: Morais sente dores musculares, Alan Kardec se machucou no joelho e o apoiador Souza, com fissura no pé direito, pára um mês.
Em outras áreas, algumas mudanças. Foi oficializada a volta dos médicos Clóvis Munhoz, Alexandre Campello, Fernando Mattar e Paulo César Andrade. E foram anunciadas novas demissões: de Nilson Gonçalves e Aremithas Lima, acusados de serem laranjas do ex-presidente Eurico Miranda, além do diretor de marketing Marcus Duarte e de Edson Pelé e Rodney Gonçalves, ambos das categorias de base.