Ainda a Havan e o Vasco
O cientista político Luis Manuel Fernandes, que já presidiu o Conselho Deliberativo do Vasco, não é contra o clube fechar um contrato com a Havan do empresário Luciano Hang, da tropa de choque de Bolsonaro:
- A minha posição é que o clube não pode pautar suas decisões de gestão por preferências político-ideológicas. O problema é avaliar se o retorno financeiro do patrocínio compensa o desgaste gerado pela associação da imagem do clube à uma figura que é execrada por parte relevante da opinião pública nacional (em função do seu papel protagonista no polarizado debate político-ideológico nacional).
E mais...
Fernandes, que exerceu cargo de secretário-executivo do Ministério do Esporte no governo Dilma, arguumenta entretanto que, no caso, os valores que vem sendo especulados na mídia (em patamares equivalentes aos do Athletico Paranaense - algo em torno de R$ 200 mil mensais) são muito baixos:
- Não compensa o desgaste gerado. Acaba sinalizando um rebaixamento do clube, e certa dose de desespero.