Rebaixado?
Não tem como mentir. O Vasco tem que fazer 12 gols, o Brasil tomou de sete e foi um aborto. Não vamos jogar contra uma equipe de várzea. Temos que ser realistas e não passar mentira para o torcedor. Existia a possibilidade de manter o time na Primeira Divisão. Não tenho nenhuma preocupação com minha imagem profissional de que maculou. Agora você foi para a Segunda Divisão... Tantos profissionais foram, o Vasco da Gama é um clube muito grande. É um grande orgulho trabalhar na reconstrução do Vasco da Gama. Obviamente não passa só por mim, passa pela diretoria para ver se é isso que vai acontecer.
Essa parte política e administrativa de toda remodelação do Vasco passa pelo Salgado e com o Osório, vice-presidente. Com respeito à parte técnica, da reconstrução do time de futebol. Do planejamento como um todo, que começa no profissional e vai até à categoria da base. Categoria de base não pode estar desvinculada do profissional, tem que ser uma coisa vertical para se ter um planejamento.
Vasco da Gama sempre revelou muitos jogadores, mas acho que é trabalho vertical onde a base está inserida no contexto que pertence ao profissional. É uma filosofia do profissional achatando e chegando até onde deve chegar.
Como ajudar na reconstrução
Daqui você começa uma reconstrução, pagamento, vai ter uma perda substancial de receita. Coloquei que se o Vasco não se mantivesse na Primeira Divisão, eu não queria receber. Se a diretoria quiser que eu permaneça, estou propenso a negociar. Durante minha vida profissional, ganhei muito dinheiro. Agora é uma questão moral. Quero ajudar o Vasco da Gama a se reconstruir. Já participei de vários clubes que se reconstruíram. Vou discutir de uma realidade dentro de Segunda Divisão.