O empate de quarta-feira entre Flamengo e Vasco, por 4 a 4, no Maracanã, trouxe de volta aos holofotes o técnico Vanderlei Luxemburgo. Muito por ter conseguido, com uma equipe inferior, causar muitas dificuldades ao líder do campeonato, que vem passando por cima de seus adversários no Brasileirão.
Nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, o técnico do Vasco da Gama explicou como dificultou a vida de Jorge Jesus e revelou sua inspiração na goleada aplicada pelo Bayern de Munique em cima do Barcelona por 4 a 0, na partida de ida da semifinal da Champions League da temporada 2012/2013, na Allianz Arena.
“O que eu fiz foi estudar futebol. Existem equipes que têm as ações do jogo, jogam o tempo inteiro com a posse de bola e jogam sua equipe para trás e com uma linha mais alta. Eu tenho a experiência de um jogo entre Barcelona e Bayern de Munique, em que o Bayern jogou vertical e o Barcelona tinha a posse de bola. A equipe tinha seus zagueiros no meio-campo ou na linha do grande círculo como o Flamengo faz, adiantando todo mundo com oito jogadores.”
“É importante usar a velocidade em cima dos zagueiros, porque eles jogam confortáveis. Quando você coloca velocidade, você tira o conforto dos zagueiros. Eu coloquei dois meias por fora e trouxe os dois atacantes de fora para dentro, recebendo bolas em velocidade. Para marcar, fiz duas linhas de quatro próximas, com no máximo 20, 30 metros.”
“Quando você rouba a bola, um, dois e o terceiro passe tem que ser mais longo. Usando linhas baixas, com transição rápida usando os lados do campo para os zagueiros que não estavam acostumados com o confronto rápido e direto.”
Vanderlei Luxemburgo também comentou sobre seu futuro na equipe do Vasco. Disse que irá conversar com o presidente Alexandre Campello para saber o que o time deseja para o ano que vem. Se for para continuar brigando contra o rebaixamento, Luxemburgo deu o recado que não quer mais ficar.
“O título do Vasco é se manter na primeira divisão, se cair se perde 70 milhões, se cair você fica quebrado de vez. Meu trabalho é reconquistar o Vasco, é que as pessoas queiram estar no Vasco, que o clube possa cumprir seus compromissos e buscar negócios, esse trabalho é gratificante. Voltar a ver o Vasco aguerrido.”
“É uma discussão com o presidente, uma coisa é estar no Vasco para manter a equipe na primeira, para manter e buscar mais recursos para manter a qualidade, melhorar e brigar por algo. Se mais uma vez brigar para cair eu não quero, meu trabalho é para a conquista de títulos, fazer a gestão do futebol junto com os executivos, mas para brigar para não cair eu não quero.”