Futebol

Magno, ex-Vasco, luta para estrear pelo Bahia

Nenhum segundo, muito menos 90 minutos. Você, torcedor do Bahia, já ouviu falar em Magno? Nos registros tricolores, somente o anúncio da contratação do jogador, dia 15 de dezembro de 2010. De lá pra cá, notícias sobre o meia de 22 anos são raras no Fazendão. Em cinco meses de clube, um treino no campo. E só.

O motivo? Uma fratura no osso do pé esquerdo quando Magno atuava pelo Vasco, no ano passado. Em um recreativo, ele pisou de mau jeito e quebrou o quinto metatarso, um osso atrás do dedo mindinho. Ao todo, foram seis parafusos e uma placa no local. A previsão de quatro meses afastado dos gramados transformou-se em pesadelo de quase um ano. “Cheguei no Bahia depois de ter feito a cirurgia. Logo no primeiro treino, senti dores. Fiz uma nova cirurgia e estou voltando agora”, explica.

O vice-presidente médico do Bahia, Marcos Lopes, dá mais detalhes do que aconteceu. “Essa lesão no osso é bastante difícil de se consolidar. Esperamos um tempo, mas não se consolidou. Fizemos outra intervenção e agora ele está liberado”, conta.

Magno treina fisicamente para estar disponível contra o Flamengo, dia 29, em Pituaçu. É a estreia do Esquadrão na Série A diante de seu torcedor – uma semana antes, pega o América, dia 22, em Minas.

Baiano criado em Cajazeiras XI, o jogador nem estreou e já viu a cobrança da torcida. Através do twitter, muitas críticas e poucas palavras de apoio. “Muita gente apareceu para me xingar quando perdemos o jogo contra o Vitória no estadual. Me chamaram de chinelinho e come-dorme. Tive que entender, né?”, revela.

Apesar de estar há cinco meses emprestado no clube, Magno ainda não assinou contrato, o que deve acontecer nos próximos dias. Por enquanto, todas as despesas de salário são pagas pelo Vasco.

Fonte Nova
Quando pequeno, Magno costumava frequentar a Fonte Nova para torcer pelo Bahia. Virou fã de um jogador. “Lembro muito de Uéslei, que é o quarto maior artilheiro da história do clube. Era rápido e tinha grande técnica. Hoje, tenho a oportunidade de vê-lo bem de perto”, diz o fã. Atualmente, Uéslei faz estágio no Fazendão para virar treinador.

Na torcida pelo retorno de Magno aos campos, duas pessoas especiais. A mãe Edilma e a noiva Flaviane servem como suporte para os momentos mais complicados. “Foi um baque. Se não fosse a minha família, não sei o que seria de mim. As pessoas no Bahia também me ajudaram muito. Ninguém fez pressão pra eu voltar. Sempre recebi muito carinho e atenção”, conta.

Até agora, o jogador só vestiu a camisa do Bahia ao posar pra foto do site oficial. O dia de entrar em campo, no entanto, está cada vez mais próximo – pelo menos é o que Magno sonha. “A torcida pode esperar muito empenho e suor a essa camisa. Tô agoniado só de imaginar”.

E do que mais ele sente falta na vida? “Da bola, sem dúvidas”, acrescenta.

Fonte: Correio da Bahia
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