O arbitral desta tarde na sede da Federação de Futebol do Rio de Janeiro promete ser movimentado. A reunião foi marcada em caráter de urgência para se discutir a possibilidade de paralisação do Campeonato Carioca, por causa das constantes ações judiciais que mudam o comando da entidade. O representante do Flamengo, Michel Assef, diz que o clube é contra.
- É um absurdo quererem parar o Estadual no meio. O torcedor não pode ser penalizado por brigas políticas. O Flamengo é contra a paralisação, até por causa de compromissos com a rede de televisão responsável pela transmissão do campeonato e com os torcedores que já compraram ingressos. Está faltando espírito esportivo - disse Assef.
O representante do Botafogo no arbitral, o vice de futebol Ricardo Rotenberg, também se mostrou radicalmente contra a paralisação do Campeonato Carioca. Ele chegou até a cogitar a hipótese de Flamengo e Botafogo disputarem a final do Estadual, já que os dois venceriam os jogos por W.O. se as outras equipes resolvessem não entrar em campo.
- A Ferj está fazendo uma chantagem, pois o Ministério Público está avançando a cada dia na Justiça. Qual a credibilidade que Rubens Lopes (atual presidente) terá se aceitar a paralisação do Estadual? E qual a credibilidade que o Vasco terá com torcedores, parocinadores e TV ao defender a paralisação? Por isso, acho que nada disso acontecerá - declarou.
Eurico Miranda, presidente do Vasco, que seria a favor da paralisação, entrou na sala de reuniões sem falar com a imprensa. O gestor de futebol do Boavista, João Paulo de Magalhães Lins, é um dos clubes que apóiam a parada e criticou as atitudes do promotor Rodrigo Terra, que está à frente das investigações envolvendo a Federação.
- Concordo que o promotor Rodrigo Terra está gerando uma confusão no Estadual e atrapalhando a boa gestão do presidente Rubens Lopes. Por isso, sou a favor da paralisação se for nomeado um interventor - considerou.