Em entrevista à Rádio Manchete, o vice-presidente de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino respondeu sobre a notícia que um conselheiro do Corinthians pretende acionar o Vasco e a Polícia Militar do Rio por problemas ocorridos antes da partida do último domingo (clique aqui para mais informações).
\"Eu não sei quem é o seu Rubens Gomes. Estou ouvindo falar no seu Rubens Gomes agora, nesse instante, pela primeira vez. Provavelmente ele deve ter razões para estar indignado. Isso, eu não tenho condições de avaliar. O que eu posso efetivamente avaliar é exatamente em cima das palavras do presidente Andrés Sanchez, que era quem chefiava a delegação do Corinthians e que esteve em São Januário. Eu conversei longamente com ele antes da partida e posteriormente, terminada a partida, fui ao vestiário novamente cumprimentá-lo, voltamos a conversar bastante e várias vezes perguntei a ele se todos os aspectos haviam sido devidamente atendidos. Ele me respondeu sempre positivamente. Palavra oficial do Corinthians, eu a colhi no domingo. Agora, por outro lado, uma coisa que tem sido marcante e é necessário dar bastante ênfase a isso, todas as torcidas adversárias que vão a São Januário são bem acolhidas. Os conflitos são os mínimos possíveis. Evidentemente que essa coisa da promoção e do estímulo à violência é uma coisa absolutamente odiosa e que nós não fazemos absolutamente isso. Pelo contrário, tratamos de dar o acolhimento melhor possível. Posteriomente, já no domingo à noite e na segunda-feira, disseram que teriam havido situações de violência fora do estádio. É possível que tenham acontecido. Lamentavelmente, é possível que tenham acontecido. Coisa que eu, particularmente, não tenho condições de avaliar. Nós, dirigentes do clube, não temos condições de avaliar. Provavelmente, as autoridades policiais deram registro a esses acontecimentos. Agora, absolutamente não existe complô contra Corinthians e contra quem quer que seja. Pelo contrário, nós temos uma convivência a mais respeitosa possível com os clubes de um modo geral. Não estimulamos a violência. Pelo contrário, repudiamos a violência no futebol, seja dentro de campo ou fora de campo. Eu sempre tenho discursado e sempre tenho argumentado, junto sobretudo aos clubes aqui do Rio de Janeiro, que a nossa disputa fundamental é dentro do campo, não é fora do campo. Vocês, que acompanham de perto o Vasco e estão sempre nas partidas que acontecem em São Januário, há muito tempo eu não tenho registro, pelo menos dentro de São Januário, de cenas de violência, de qualquer tipo de hostilidade mais grave à torcida adversária. Eu não tenho visto isso. Eu não tenho e ninguém tem visto. Não tem acontecido esse tipo de registro. E tivemos uma situação extremamente desagradável. Naturalmente, debitamos isso ainda a esses ódios existentes que precisamos trabalhar para eliminá-los porque, afinal de contas, o futebol não repousa nisso. Lá, não apelamos para isso ou para aquilo. Lamentamos profundamente porque foram acontecimentos graves. Entretanto, ainda dentro desses resquícios ou dessas situações de ódio que infelizmente ainda acontecem no futebol brasileiro. Mas a nossa disposição é sempre de lutar e trabalhar contra isso.\"