Mandarino diz que time atual lutaria por posições intermediárias na Série A

Aloísio retomou os treinos e luta para voltar ao time do Vasco após um episódio que quase custou sua vida. Ao se chocar de cabeça com um adversário, no jogo contra o Brasiliense, o atacante caiu desacordado e se engasgou com um chiclete, obstruindo sua respiração. Por alguns instantes, se dependesse do atacante, a retomada poderia não acontecer. Ele admitiu que pensou até em largar o futebol.

— Vi que uma criança morreu por causa de chiclete, porque a mãe não teve tempo de tirar. Fiquei uma noite sem dormir.

Deu até vontade de parar de jogar, mas agora já passou.

Estou trabalhando para voltar — disse o atacante ao programa de rádio “Só Dá Vasco”.

Aloísio ficou duas semanas em observação por causa do trauma na cabeça. Agora, pode retornar ao time contra o Duque de Caxias. No entanto, com a inatividade e a boa fase de Élton, é natural que fique mais alguns jogos no banco de reservas. Desde que chegou, Aloísio teve que esperar a abertura da janela de transferências, tentou recuperar a forma, sofreu uma lesão muscular e participou de apenas quatro jogos. Ele tem contrato com o Vasco até o fim do ano.

Aloísio corre contra o tempo para ajudar o time nas 13 rodadas que faltam. Com a equipe bem perto da vaga na Primeirona, há no Vasco quem não consiga evitar um exercício comum quando um time se destaca na Série B: imaginar como seria a vida na Série A.

— Com este time, o Vasco estaria em uma colocação muito boa — disse o Paulo Sérgio, logo perguntado sobre o momento ruim de Botafogo e Fluminense.

— Prefiro estar na situação tranquila do Vasco do que estar na Série A lutando para não cair.

Mais comedido, o técnico Dorival Júnior disse ser impossível fazer tal projeção: — Só jogando. Claro que já pensei sobre isso, mas não vejo como imaginar em que lugar o Vasco estaria. Cada campeonato tem suas particularidades.

Vi jogos excelentes e medíocres na Série A e na B — disse o técnico. — Só acho que erram ao dizer que existem jogadores de Série A e jogadores de Série B. Há jogadores bons e ruins.

O vice de futebol José Hamílton Mandarino tem uma visão mais otimista.

— Hoje, aguerrimento e solidariedade, por vezes, superam questões técnicas. Este time talvez não lutasse pelo título, mas não estaria nas últimas posições. Poderia estar em posições intermediárias.