Mano Menezes está em uma situação privilegiada. Pode chamar o jogador brasileiro que quiser para formar a sua seleção. Porém, no Corinthians, esse livre-arbítrio na escolha de reforços gerou contestações. O treinador é empresariado por Carlos Leite, que possuiu jogadores em diversos clubes nacionais.
Essa relação causou severas críticas, sendo a principal delas a de que Mano usava o Corinthians como vitrine para valorizar jogadores gerenciados por seu empresário. Vários atletas utilizados no clube e de qualidade contestável eram ligados a Carlos Leite, entre eles Wellington Saci, Eduardo Ramos, Dênis e Souza.
Polido, Mano jamais escondeu sua proximidade com Leite, mas rebatia as acusações desferidas contra ele quando citado sobre a união com o agente de futebol.
É engraçado que ninguém faz esses comentários quando o time ganha, ironizava o ex-treinador do Corinthians.
Derrotado na final da Copa do Brasil de 2008, em decisão contra o Sport, Mano sofreu enorme pressão no Corinthians, ficando ameaçado no cargo.
Com ingerência no Corinthians e no Vasco, Leite teria cedido R$ 600 mil ao time do Parque São Jorge para as contratações de Saci e Ramos.
Supostos favorecimentos de técnicos da seleção a empresários são temas corriqueiros no futebol. Jogadores com passagens pela seleção, entre eles Leomar e Afonso, são regularmente inseridos em boatos de que teriam chegado à seleção por interesses escusos. Inexistem provas na maioria dos casos. Sobram especulações.
Agora na seleção, Mano apresentará nesta segunda-feira, às 16 horas, no Rio de Janeiro, sua primeira lista de convocados. Somente atletas que atuam no país serão convocados.
O primeiro teste do ex-treinador do Corinthians acontece no dia 10 de agosto, no amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jersey.