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Maracanã: Governo do RJ receberá apenas 16% do valor da reforma

Nesta sexta-feira, o Yahoo! Esporte Interativo encerra o Especial Maracanã apresentando mais um dos pontos controversos do estudo de viabilidade econômica feito pela IMX, uma das empresas vencedores do processo de licitação do complexo esportivo. O tema agora é a torna, isto é, o valor a ser pago pelo Consórcio Maracanã ao Governo do Estado do Rio de Janeiro pelo aluguel do estádio.

Obra iniciada em outubro de 2010, a reforma do Maior do Mundo foi orçada em R$ 600 milhões. Porém, 31 meses e dez aditivos depois - o mais recente no valor de R$ 200 milhões -, o custo total do empreendimento alcançou a marca de R$ 1,12 bilhão, valor que torna o Maracanã o mais caro entre os estádios da Copa das Confederações.

Passada a reforma e o torneio de seleções, o governo fluminense irá entregar as chaves do complexo ao Consórcio Maracanã, em forma de concessão, pelos próximos 35 anos e receberá aluguel pela passagem de bastão.

No estudo de viabilidade, a IMX propõe que tal valor seja de R$ 7 milhões anuais por 33 anos, o que totalizaria R$ 231 milhões, valor correspondente a apenas 20,6% do dinheiro investido pelo poder público na reforma do Maracanã. Porém, o próprio governo reduziu ainda mais esses valores. Ao lançar o edital da licitação, a Secretaria da Casa Civil fixou o piso da torna em R$ 4,5 milhões.

Projeto inicial previa torna mais alta e investimentos menores.
Um dos critérios de avaliação do vencedor da licitação, a proposta financeira do Consórcio Maracanã foi de R$ 5,5 milhões ao ano, abaixo do valor estabelecido pela IMX como \"mínimo\" em seu estudo de viabilidade. Com os novos valores, apenas 16,2% do total da obra do estádio retornará aos cofres do estado do Rio de Janeiro.

A título de comparação, o Flamengo, um dos clubes que deve mandar seus jogos no Maracanã, irá investir R$ 6 milhões no meia Carlos Eduardo, que tem salários estimados em R$ 500 mil, até o final do ano.

Valor dos investimentos aumentam

Além da torna, o consórcio formado por Odebrecht, IMX e AEG terá que desembolsar, nos primeiros dois anos de controle sobre o Maracanã, mais R$ 594 milhões em obras como a demolição do parque aquático Julio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros e a construção do Museu Olímpico no antigo Museu do Índio. Tais valores estão bem acima do estipulado pela IMX no estudo de viabilidade, quando a empresa propôs investimentos da ordem de R$ 469 milhões.

Excluídos do valor compreendido como ressarcimento das empresas vencedoras ao Rio de Janeiro, esses investimentos, mesmo que estivessem dentro do cálculo da torna, ainda não teriam força para recompor os custos da reforma. Somado à torna, o montante equivaleria a R$ 775,5 milhões ou 69,2% dos gastos públicos, ainda distante do necessário para ressarcir o estado que realizou três grandes reformas no Maracanã apenas nos últimos 15 anos.

Procuradas pela reportagem do Yahoo! Esporte Interativo, a Secretaria de Estado da Casa Civil e a IMX Venues não atenderam os pedidos de entrevista para a realização deste especial.

Fonte: Yahoo Esporte Interativo
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