O treinador do Vasco, Marcelo Cabo, concedeu entrevista coletiva após o empate de hoje (9/6), por 1 a 1 contra o Boavista, em São Januário, pela terceira fase da Copa do Brasil. Com o empate o Cruzmaltino passa para as oitavas de final da competição.
O Gigante da Colina saiu atrás no placar. No segundo tempo, Gabriel Pec conseguiu botar a bola pro fundo da rede, mas o gol, primeiramente validado pela arbitragem, foi anulado após quase sete minutos de indecisão e muita confusão, por conta de um toque na mão de Germán Cano antes da finalização de Pec. A reclamação por parte do Vasco foi enorme, pois segundo eles houve interferência externa no lance, uma vez que não havia VAR no jogo. Marcelo Cabo comentou sobre essa situação:
– Na minha opinião, houve interferência externa. Ouvi do quarto árbitro que foi gol. Quando o árbitro se dirige para sair a bola, ele ouve alguma coisa de fora, coloca a mão no ouvido e anula o gol. Eu estava ao lado do assistente. Em nenhum momento, ele falou que não foi gol. Mas na minha opinião houve uma interferência externa. O árbitro falava que sairia a bola no meio de campo. É um lance de interpretação. Desde o momento que ele interpreta o lance, dá o gol e não tem VAR, como é que ele anula o lance? Isso é o que eu quero entender.
O comandante da Colina também falou sobre o sentimento que teve de sua equipe, disse que, na sua visão, o Vasco saiu com a vitória do jogo, comentou em linhas gerais o jogo e disse que saiu feliz dessa partida:
– Meu sentimento.. Houve uma entrega de Vasco da Gama hoje, pegamos um time super organizado, tivemos boa chances e não concluímos em gol. Eles fizeram gol, então, baixaram a linha. Tivemos dificuldade em circular a bola, mas mesmo assim criamos as chances e faltou calma para chegar ao empate. A entrada do Marquinhos Gabriel me deu a opção para ganharmos mais volume. A troca de lado do Pec e do Jabá foi fundamental. Tivemos mais profundidade. Pec fez um gol, legítimo, e depois teve a jogada do Jabá para o gol. Na minha opinião, saímos com a vitória. A gente poderia ter tido um placar mais elástico pelo o que o time entregou. Este é o quinto mata-mata que o Vasco passa, estamos nas oitavas da Copa do Brasil. Michel foi bem, ele deu mais liberdade ao Galarza. Os laterais foram bem, muito agudos. Vamos continuar construindo o time. Saio feliz.
OUTRAS RESPOSTAS
Nível de atuação da equipe
– Acho que tivemos o controle do jogo, boas transições. Temos que melhor o acabamento final. A equipe conseguiu entrar 45 vezes no terço final do adversário. Precisa melhorar o acabamento. Fomos intensos e tivemos o controle do jogo. Concordo que no primeiro tempo oscilamos um pouco. No segundo tempo fomos absolutos. O Vanderlei fez uma ou duas defesas, o resto foi bola aérea. Foram 25 finalizações do Vasco. Nós criamos, fomos intensos, jogamos a maior parte do jogo no campo do Boavista. Precisamos ter mais tranquilidade no terço final.
Importância do VAR
– Você está jogando uma terceira fase de Copa do Brasil. Você tem ganho técnico e financeiro. Hoje poderíamos pagar o preço de uma interpretação. Sou totalmente a favor do VAR. Não entendo como não temos o VAR numa fase aguda dessas da Copa do Brasil. Mas desde que não tenha o VAR, vale a decisão do árbitro. Ele deu o gol e três minutos voltou atrás. Deixo para os especialistas. Mas esse é um tema importante.
Pontos de evolução do time
– Buscamos sempre o equilíbrio. Temos uma proposta de marcar em linha alta, marcar pressão. Não conseguimos ter esse volume de marcação durante 90 minutos. Do outro lado tinha um time organizado, com só um volante. Conseguimos ser equilibrados. Não saímos satisfeitos quando tomamos gol. O Vasco está na quarta fase da Copa do Brasil. É um jogo de 180 minutos, mudamos um pouco o nosso sistema. Evoluímos no aspecto defensivo. É o quarto jogo sem levar gol de bola parada, algo que nos batiam muito. O Vasco tem que fazer o placar e não levar gols. Para isso que trabalhamos, para chegar a esse nível de excelência. Agora temos que nos organizar, planejar essa vitória para Pelotas, que é uma viagem de muitas dificuldades. Mas vamos trabalhar para conseguir nossa primeira vitória (na Série B).
Próximo confronto pela Série B: Brasil de Pelotas
– Talvez seja a viagem mais difícil em termo de logística no campeonato. Será nosso terceiro jogo sem seis dias. É uma equipe que tem um jogo mais de bola aérea. Estamos estudando bem o Brasil. O que mais me preocupa é recuperar esses atletas para buscarmos um resultado positivo em Pelotas.
Zagueiro Dedé
– O Dedé interessa qualquer time do Brasil, não seria diferente no Vasco. É um jogador que tem sua história no Vasco, mas é uma questão complexa falar sobre a chegada do Dedé nesse momento. O Dedé é um ídolo muito querido e com certeza seria muito bem-vindo em qualquer clube do Brasil.