Preocupado com o possível desânimo de parte do grupo, o técnico Marcelo Oliveira começou a introduzir uma espécie de rodízio entre os jogadores menos badalados. Depois de levar Renato Augusto para Campinas, onde o Vasco empatou com a Ponte Preta, no último domingo, Dakson é a bola da vez. Contratado ao Lokomotiv Plovdiv, o meia deve ser relacionado pela primeira vez no jogo contra o Figueirense, sábado, em São Januário, e pode fazer sua estreia.
O desfalque de Carlos Alberto também abriu brecha para que outros jogadores do setor fossem observados de perto. Assim, Dakson tomou a frente de Pipico, Diego Rosa, Chaparro e Jonathan - que recebeu elogios -, por exemplo, ao participar do treino tático entre os reservas. A seu lado, estavam Jhon Cley e William Barbio, formando o trio ofensivo. Oliveira afirmou recentemente que o elenco está inchado e não quer que ninguém se sinta deixado de lado. De olho em 2013, já começou a conversar para reduzir o número e explorar mais a garotada.
A história do jogador, que ainda não integra a lista do site oficial do clube, é recheada de controvérsia desde que chegou, em julho. Ligado ao empresário Pedrinho Vicençote, dono do agora reformado CT da base, em Itaguaí, o meia foi contratado a mando do presidente Roberto Dinamite, o que desconcertou integrantes do departamento de futebol. Embora tenha sido formado nas categorias de base do Fluminense, seu currículo é muito discreto para ser o substituto de Diego Souza que o elenco precisava no momento e que jamais chegou.
Além disso, como a negociação foi de última hora, a regularização esbarrou no limite da janela de transferências internacionais, e a inscrição só ocorreu há duas semanas, após os advogados de Dakson, de 25 anos, comprovarem na Fifa que foi o fuso horário que atrapalhou a troca de documentos. O contrato dele vai até o fim de 2013, e o Vasco teve de pagar cerca de R$ 400 mil pela aquisição, que não passou pelo crivo do ex-técnico Cristóvão Borges.