Marcos Júnior ganhou projeção num duelo entre Vasco e Bangu, que se enfrentam neste sábado, às 21h05, pela oitava rodada do Carioca 2021. Todos os holofotes se voltaram para ele em 23 de de março de 2019, quando ainda era adversário e, com um chute da meia-lua, fez gol que classificou o Alvirrubro para as semifinais da Taça Rio e do Carioca dentro de São Januário.
Para o volante, a transferência para a Colina no segundo semestre do mesmo 2019 se deu justamente por conta daquele gol que decretou a virada banguense por 2 a 1.
Do reencontro entre Vasco e Bangu deste sábado, porém, Marcos não poderá participar. Até tem vínculo com o clube de São Januário até 31 de dezembro, mas a comissão técnica capitaneada por Marcelo Cabo não conta com ele. O jogador de 25 anos lamenta e, mesmo em férias forçadas, mostra alguma esperança em ter nova chance.
- Eu acho que ainda tinha muita lenha para queimar no Vasco, gostaria de poder continuar, de ajudar o Vasco e estar no grupo que tenho certeza que vai recolocar o clube no cenário mais alto nacional, que é a Série A. Gostaria, mas não me comparo com o Pikachu ou com nenhum outro porque o Pikachu já tinha muito tempo de casa. Eu, querendo ou não, já estou há dois anos e alguma coisa no Vasco, mas queria queimar mais lenha e ajudar o clube. Se for da vontade do Vasco e de Deus eu voltar, vou estar à disposição e preparado.
Mesmo ciente de que a saída está próxima, Marcos é só gratidão ao falar do Vasco.
- Caso contrário, vou ser sempre grato ao Vasco por ter feito quem eu sou, por ter me colocado nos cenários nacional e internacional. Se for da vontade do Vasco não continuar comigo, eu também estarei sempre agradecido ao Vasco por tudo que fez por mim - insistiu.
Confira o papo na íntegra com Marcos Júnior, que tem 69 jogos e quatro gols marcados como vascaíno:
Marcos, como é para você não poder participar de um Vasco x Bangu, jogo do time que te projetou ao Vasco e onde você foi muito feliz contra o maior clube que já defendeu? Bate uma tristeza, ainda mais estando sob contrato?
- Para mim, é uma situação bastante chata. Uma tristeza não poder participar desse grande jogo que é Vasco x Bangu porque talvez tenha sido o jogo que me fez ir para o Vasco. E talvez o jogo que me fez ficar conhecido no cenário nacional.
- Pude fazer uma grande partida, um gol e classificar minha equipe, que na época era o Bangu. Com certeza bate tristeza, ainda mais eu tendo contrato com o Vasco e não poder atuar. Fico bastante chateado e triste por não estar jogando, mas Deus sabe de todas as coisas.
Como vai a negociação para você deixar o Vasco: está perto de acertar com um novo clube?
- Algumas sondagens têm aparecido, mas tenho ficado um pouco por fora, deixo meu empresário trabalhar. Pedi a ele que para que eu entre para dar minha opinião quando estiver para acertar ou quando surgir algo interessante. Por enquanto estou focado em treinar para estar bem e preparado quando surgir uma oportunidade ou de permanecer no Vasco ou de ir para outro clube.
Alguns jogadores, como o Pikachu, entenderam que era o momento de encerrar o ciclo no Vasco. É o teu caso ou acha que tinha mais lenha para queimar em São Januário?
- Eu acho que ainda tinha muita lenha para queimar no Vasco, gostaria de poder continuar, de ajudar o Vasco e estar no grupo que tenho certeza que vai recolocar o clube no cenário mais alto nacional, que é a Série A. Gostaria. Não me comparo com o Pikachu ou com nenhum outro porque o Pikachu já tinha muito tempo de casa. Eu, querendo ou não, já estou há dois anos e alguma coisa no Vasco, mas queria queimar mais lenha e ajudar o clube. Se for da vontade do Vasco e de Deus eu voltar, vou estar à disposição e preparado.
- Caso contrário, vou ser sempre grato ao Vasco por ter feito quem eu sou, por ter me colocado nos cenários nacional e internacional. Se for da vontade do Vasco não continuar comigo, eu também estarei sempre agradecido ao Vasco por tudo que fez por mim.
Como têm sido essas férias estendidas? Vi que você estava treinando com Fellipe Bastos e com Henrique.
- Na verdade não são umas férias porque estamos atravessando um momento complicado e triste no nosso país. Estamos tendo muitas perdas, muitas famílias estão passando dificuldade. As férias têm sido mais para treinar e ficar com a família em casa.
- Tenho tratado essas férias com bastante trabalho. E também com muito carinho da minha família, que tem me ajudado. Não é um momento fácil ver seus companheiros atuando, ver todos os clubes atuando, e você treinando em casa, à parte. É um momento muito difícil, talvez o mais difícil que eu tenha passado desde que eu estou jogando futebol.
- Mas estou levando com muita naturalidade, cabeça erguida e trabalhando bastante porque sei que vai aparecer uma nova chance. E mais uma vez farei dessa nova oportunidade como a mais importante da minha carreira.
Depois da chegada de Vanderlei Luxembugo, você jogou quatro dos 12 jogos dele. Ele tinha muita confiança em você em 2019 e na última passagem lhe usou menos. Acha que poderia ter ajudado mais na luta contra a Série B?
- Eu atuei menos do que queria até porque a gente quer jogar todos os jogos. Com a chegada dele, até esperava jogar mais, mas foi a opção dele e o que ele achava melhor para o Vasco. Então não tenho o que questionar ou reclamar. Apenas trabalhei, busquei meu espaço, infelizmente não pude ajudar como eu queria até porque eu não era opção dele.
- Fiquei de cabeça tranquila, mas fiquei muito triste pelo simples fato de ter ajudado bastante na passagem dele de 2019 e não ter tido tantas chances no retorno dele no ano passado, mas faz parte do futebol. Então a gente tem que ter cabeça boa e tranquila porque lá na frente a gente pode se encontrar e tem que estar pronto para ajudar novamente.