Marin quer menos jogos no M. Garrincha e chama estádio de elefante dourado

 Se antes da Copa das Confederações o futuro do Estádio Nacional Mané Garrincha preocupava as autoridades pela falta de futebol no Distrito Federal, depois do torneio, o excesso de jogos na arena foi o que virou um problema. Tanto é assim que o presidente da CBF, José Maria Marin, convocou o presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Josafá Dantas, para pedir a redução do número de partidas no espaço visando a preservação do seu gramado para o amistoso da seleção no próximo dia 7 e a Copa do Mundo de 2014.

A reunião, segundo Marin, aconteceu nesta semana e contou com a participação, inclusive, do técnico da seleção brasileiro, Luiz Felipe Scolari, e o coordenador técnico da equipe, Carlos Alberto Parreira. Em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, Marin afirmou que o próprio Felipão exigiu que o gramado fosse preservado.

"Houve essa reunião com o Scolari e o Parreira", afirmou Marin. "O companheiro Josafá já está vendo até excesso de uso pode trazer prejuízo para o gramado."

Marin, entretanto, deu o entender que esse é um "problema bom". "O estádio Mané Garrincha já está sendo chamado de 'elefante dourado' por alguns jornais locais", disse ele, lembrando que durante a construção da arena, que consumiu mais de R$ 1,5 bilhão, críticos do projeto chamavam a atenção para o risco de o estádio se tornar um "elefante branco".

O presidente da CBF, que também preside o COL (Comitê Organizador Local) do Mundial de 2014, afirmou ainda que os números dos primeiros eventos realizados em arenas da Copa das Confederações confirmam que não há risco de subutilização dos estádios da Copa de 2014.

"Já foram realizados 42 eventos nos seis estádios da Copa das Confederações", lembrou Marin. "Quase 1 milhão de pessoas foram a esses estádios, apenas nos jogos de futebol. Isso dá uma média 26 mil torcedores por jogo, que é similar a do Campeonato Espanhol e superior à maior média do Campeonato Brasileiro."