Adversários na próxima quarta-feira, na disputa de uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil, Vasco e Nova Iguaçu antes de mais nada são clubes-parceiros e alimentam uma relação que já rendeu bons frutos.
Vasco e Nova Iguaçu se enfrentam nesta quarta, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Nilton Santos. Um empate leva a decisão para os pênaltis.
Fundado em 1990, o Nova Iguaçu é um clube com DNA formador que possui ótima estrutura para treinamentos e aposta na projeção de seus jovens talentos. Para isso, muitas vezes precisa contar com a vitrine de equipes maiores.
A relação do clube da Baixada Fluminense com o Vasco começou em 2011, com a negociação de William Barbio. O atacante foi um dos destaques do Campeonato Carioca daquele ano, foi adquirido em definitivo pelo Vasco e fez 44 jogos com a camisa cruz-maltina entre 2012 e 2016, com dois gols marcados. Ele atualmente defende o Amazonas.
Na mesma temporada, o Vasco contratou o goleiro Diogo Silva, que também vinha de atuações de destaque pelo Nova Iguaçu. O goleiro que hoje está na Ponte Preta não se firmou como titular, atuou em 40 partidas pelo time cruz-maltino e foi embora em 2016 - na ocasião, a relação ficou ligeiramente abalada porque o Nova Iguaçu precisou acionar o Vasco na Justiça pelo atraso no pagamento de algumas parcelas.
Marlon Gomes, o caso de sucesso
Marlon Gomes é o fruto de maior sucesso na parceria entre Vasco e Nova Iguaçu.
O meia-atacante deu seus primeiros passos na base do clube da Baixada e se transferiu para o Vasco aos 15 anos para completar sua formação. O negócio seguiu o modelo que costuma ser muito adotado pelo Nova Iguaçu em casos como esse: Marlon foi emprestado, com o valor pré-fixado para a compra de 50% dos seus direitos econômicos. Mais tarde, o Vasco adquiriu outros 20%. E, mais tarde, outros 15%, totalizando 85%.
Marlon Gomes foi destaque em todas as categorias, passou a acumular convocações para as seleções de base e brilhou na campanha do acesso para a Série A em 2022, em seu primeiro ano como profissional. No ano passado, o jovem jogador foi vendido ao Shakhtar Donetsk por 12 milhões de euros (R$ 64 milhões na cotação da época).
O Nova Iguaçu já recebeu R$ 2,1 milhões pela negociação e turbinou as melhorias no seu centro de treinamento. O clube ainda tem outros R$ 4,3 milhões a receber.
No momento, o Nova Iguaçu tem três jogadores emprestados para a base do Vasco: os atacantes Léo Jacó, João Vitor "Mutano" e Maxsuell Alegria - desses, Alegria é o único que teve oportunidades no profissional. Todos eles têm opção de compra estipulada no contrato.