A boa vitória do Vasco na estreia pela Libertadores começou um pouco antes, quando os jogadores realizaram uma espécie de pacto. Após um início de temporada turbulento, com disputa política e incertezas, o goleiro Martín Silva contou que o elenco decidiu se fechar para que os problemas fossem superados.
- Nós nos fechamos. Falamos muito internamente que isso não tem como atrapalhar. Tínhamos lutado muito para conseguir essa vaga e queríamos desfrutá-la, chegar o mais longe possível, na fase de grupos. Dentro de campo é o único lugar que podemos ser felizes, levar essa alegria pelo que fazemos. Ninguém pode nos atrapalhar – disse o goleiro.
Para Martín, os problemas do Vasco no início da temporada precisarão de tempo para ser resolvidos. Mas ele mostrou confiança na nova diretoria, liderada pelo presidente Alexandre Campello.
- A gente dá voto de confiança para a nova diretoria, porque está conseguindo arrumar as coisas básicas que no princípio da temporada estávamos necessitando. Leva tempo, um clube grande como o Vasco precisa arrumar as coisas. Agora estamos focando na Libertadores e botando confiança na nova diretoria, que mostrou vontade de fazer as coisas bem.
O uruguaio, capitão do Vasco, manteve os pés no chão após a goleada de 4 a 0 sobre a Universidad de Concepción. Ele pediu inteligência ao time para administrar a vantagem no jogo de volta.
- Estreia sempre tem carga emocional extra. Fomos muito bem no jogo. Não foi fácil. Aproveitamos erro da defesa deles, e eles não aproveitaram os nossos. Acho que essa foi a diferença. Agora, é sempre muito melhor jogar com diferença de quatro gols em casa. Temos que ter inteligência de fechar as chaves – completou.
O Vasco chega ao Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira. Antes do duelo de volta pela Libertadores, na próxima quarta, o time volta a campo no domingo, em São Januário, contra o Volta Redonda, pelo Campeonato Carioca.