Vasco da Gama Sociedade Anônima do Futebol. Saiu nesta terça-feira, dia 16 de agosto, o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) da SAF vascaína, enfim uma realidade.
Agora o clube que detém uma das maiores torcidas do Brasil tem perspectivas inexistentes no modelo associativo. Há muitos anos São Januário era foco de crises e enfrentamentos.
Liminares, ações judiciais, recursos faziam a rotina do clube fragmentado politicamente. Palco de duelos amplificados pelo vácuo de poder pós-morte de Eurico Miranda, em 2019.
Evidentemente os aportes que serão feitos pela 777, que adquire o futebol vascaíno, farão a qualidade do elenco subir. Mas o processo é mais longo do que os otimistas de plantão imaginam.
Primeiro o Vasco precisa subir, voltar à primeira divisão, o que não conseguiu no ano passado, quando, devido ao quarto rebaixamento em 13 anos, disputou pela quarta vez a Série B.
Nos 15 últimos campeonatos brasileiros, o Vasco participou de dez na Série A e cinco na B. Chegou a bancar o ioiô, caindo subindo, caindo e subindo entre 2013 e 2016. Trajetória incompatível para uma agremiação desse porte, tão popular. Com a transformação em SAF dias melhores deverão vir.
Mas cabe ao vascaíno não ter pressa. O exemplo do Botafogo está aí para mostrar a necessidade de paciência e entendimento para que as fases sejam superadas. Um longo processo se inicia, o desafio é grande. Mas em algum tempo o Vasco deverá voltar a ser Vasco.
Vasco no Brasileirão desde o 1º rebaixamento:
2008 - 18º da Série A, rebaixado
2009 - 1º da Série B, promovido
2010 - 11º da Série A
2011 - 2º da Série A
2012 - 5º da Série A
2013 - 18º da Série A, rebaixado
2014 - 3º da Série B, promovido
2015 - 18º da Série A, rebaixado
2016 - 3º da Série B, promovido
2017 - 7º da Série A
2018 - 16º da Série A
2019 - 12º da Série A
2020 - 17º da Série A, rebaixado
2021 - 10º da Série B
2022 - 4º da Série B após 24 rodadas