Futebol

Mauro Galvão dá conselhos para zagueiro vascaíno Luan

No longo caminho que dá acesso à seleção principal, o zagueiro Luan, de 23 anos, terá a oportunidade de cumprir mais uma etapa do trajeto. Ele é o único representante dos clubes cariocas no grupo que vai em busca do ouro inédito para o futebol brasileiro, nos Jogos Olímpicos do Rio. Medalha de bronze e capitão nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, primeiro torneio do técnico Rogério Micale na CBF, o zagueiro tem mais uma chance de vestir a camisa verde e amarela em uma competição importante.

No Vasco, Luan é um dos homens de confiança do técnico Jorginho. Para chegar ao time principal, ele precisou abandonar sua vida no Espírito Santo, aos 13 anos, e construir sua carreira no Rio. O que muita gente não sabe é que foi o olhar atencioso do treinador Marcus Alexandre que descobriu o zagueiro, bem distante de São Januário.

Quem já viveu o sonho olímpico sabe que subir ao lugar mais alto do pódio é uma tarefa difícil. Porém, completamente possível para a equipe de Rogério Micale. Ex-zagueiro e ex-diretor-executivo da base do Vasco, Mauro Galvão chegou perto do ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984 - ocasião em que os brasileiros ficaram com a prata (a França levou a melhor na final). O ídolo do Cruzmaltino deu alguns conselhos para o jovem que viu despontar no juniores em São Januário.

"Esse é o começo de tudo, sempre acontece de jogar primeiro na base e depois ser convocado para a seleção principal. O principal hoje é essa chance que o Luan tem, que ele fez por merecer por todo trabalho que realiza. Ele é um garoto muito profissional e de confiança. Agora é com ele, tem de aproveitar essa oportunidade."

"Eu conheço o Luan desde que trabalhei com ele no sub-15. Fomos fazer uma competição no Espírito Santo, eu vi o Luan jogar e o trouxe para o Vasco. Ele já demonstrava ter muita qualidade, ser um jogador com alto potencial. Sempre foi muito responsável, com 13 anos chegou sozinho para viver no Rio e longe da família. Desde os estudos até o futebol, ele sempre foi aplicado e determinado em tudo", disse o treinador da categoria sub-17 do Vasco. 

Quem já viveu o sonho olímpico sabe que subir ao lugar mais alto do pódio é uma tarefa difícil. Porém, completamente possível para a equipe de Rogério Micale. Ex-zagueiro e ex-diretor-executivo da base do Vasco, Mauro Galvão chegou perto do ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984 - ocasião em que os brasileiros ficaram com a prata (a França levou a melhor na final). O ídolo do Cruzmaltino deu alguns conselhos para o jovem que viu despontar no juniores em São Januário.

"Esse é o começo de tudo, sempre acontece de jogar primeiro na base e depois ser convocado para a seleção principal. O principal hoje é essa chance que o Luan tem, que ele fez por merecer por todo trabalho que realiza. Ele é um garoto muito profissional e de confiança. Agora é com ele, tem de aproveitar essa oportunidade."

Conselho de quem conhece

Capitão na conquista da Libertadores, em 1998, Mauro Galvão entende como poucos do setor defensivo do Vasco. O ex-zagueiro evita comparações e aposta no futebol de Luan com a camisa da seleção brasileira.

"Ele tem o futebol dele e eu tive o meu. O mais importante é que ele está jogando bem. Com o Rodrigo, conseguiu formar uma boa dupla. Tínhamos a preocupação em relação a essa situação, porque muitas vezes o jogador da base é deixado em segundo plano. Mas ele deu certo, teve oportunidade e se firmou. Ele tem condições de ser tornar um jogador mais experiente e de destaque. Esta Olimpíada vai ser boa, vai dar bagagem para ele. Ele já não é mais o garoto que era há dois anos e vai continuar crescendo. Essa oportunidade vai ser muito boa para ele", falou.

A seleção olímpica é uma realidade para Luan, porém, a vaga como titular ainda não está nas mãos do zagueiro - Micale tem escalado Marquinhos e Rodrigo Caio na defesa. Marcus Vinícius vê potencial no zagueiro para ele estar entre os 11 e destacou que o jogador deve aproveitar oportunidade por completo.

"Nesse momento ele tem de acreditar que tem potencial de ser titular. Se não acontecer de ser titular, ele tem de saber aproveitar a oportunidade de estar neste ambiente. Isso vai ser muito importante para o processo dele de continuidade, para chegar à seleção principal."

Futebol para driblar a pressão

A Seleção volta a encontrar sua torcida, jogando em casa, em uma competição oficial. Mauro Galvão afastou as lembranças do 7 a 1 na Copa do Mundo e deu a receita para driblar a pressão e garantir o apoio dos brasileiros. 

"O 7 a 1 foi um jogo único, aquilo não é a realidade do futebol. Foi um dia em que as coisas deram errado e o Brasil jogou mal, não se preparou, várias coisas... Não acho que isso vai atrapalhar. Jogar em casa é bom, qualquer jogador prefere jogar em casa. Esse fator casa pode ajudar muito a Seleção, mas eles precisam jogar pois é isso que vai ajudar a cativar a torcida."

O Brasil estreia na Olimpíada nesta quinta-feira, diante da África do Sul, às 16h. A partida será realizada no Mane Garrincha, em Brasília. A equipe de Rogério Micale compõe o Grupo A, com Dinamarca, Iraque e África do Sul.

Fonte: O Dia
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