Mauro Galvão, zagueiro campeão no Vasco e no Botafogo, comemora 50 anos hoje. Gerente de futebol do Figueirense este ano, elPara falar de Mauro Galvão no Vasco, temos que falar de Libertadores. Então bem, vamos começar com umas perguntas para vocês:
A Libertadores não é um competição dura? Cada jogo não é um decisão? O que se espera de um zagueiro em decisões não é bicos e mais bicos para o lado?
Creio que para todas as perguntas acima você respondeu sim. Mas com Mauro Galvãoas coisas não são simples assim. Para ele, não basta jogar como um xucro, dando chutões para todos os cantos. É preciso ter classe, elegância e altivez.
Em 79, aos 18 anos, em meio ao time dos sonhos do Inter (com Falcão, Batista e Cia.), Mauro já demonstrava sua petulante afinidade com a bola. Nem havia se firmado como titular daquele time, quando, em um certo treino, teve um, digamos, \"atrito com Falcão\".
- Pô, dá de bico nessa m...! - gritou Falcão para o jovem zagueiro, que havia perdido a bola ao tentar sair jogando bonito.
- Onde é o bico? - rebateu Mauro ironicamente, tirando a chuteira do seu pé.
Galvão é de um linhagem de zagueiros cada vez mais escassa no futebol brasileiro. Zagueiros como ele, que recusam a bater e que preferem jogar com a bola no pés não se vê todo dia.