Ídolo de uma época não tão distante do Vasco, o zagueiro Mauro Galvão não encontra explicações para o rebaixamento do clube para Série B do Campeonato Brasileiro e nem para o seu sentimento. O cherifão do título Brasileiro de 1997 e da Libertadores de 1998 lamentou o acontecido, mas aposta na força e na tradição para que o Gigante da Colina volte a figurar entre os grandes em 2010.
A experiência ensinou a Mauro Galvão a lidar com os problemas fora e dentro de campo. Com a serenidade habitual, o ex-jogador quer que o Vasco levante a cabeça e volte ao caminho das glórias. Cair nunca é bom, mas o Vasco tem que tirar lições disto, como Botafogo, Palmeiras, Atlético/MG, Fluminense e Corinthians fizeram, afirmou.
Conhecido pela classe e pelo estilo onipotente com a bola nos pés, o ex-zagueiro tirou a culpa do rebaixamento dos defensores. O Vasco teve a segunda pior defesa entre os 20 times da Série A 72 gols sofridos em 38 partidas.
Não foi só a defesa quem errou e não é só ela que deve ser culpada por isso. Claro que foi um setor problemático, talvez o mais até, mas, na verdade, o Vasco não conseguiu formar uma equipe, opinou Mauro Galvão, que também não tirou o pé fora na dividida entre Eurico Miranda e Roberto Dinamite. A mudança de diretoria só atrapalhou o Vasco e deu no que deu.
Mauro Galvão alerta para o perigo de jogar a Série B e espera que o Vasco possa se reestruturar para conseguir retornar à elite do futebol brasileiro o mais cedo possível. Os jogadores não têm que ter vergonha de jogar a Série B. Eu não vejo problema algum nisso e jogaria do mesmo jeito, com a mesma garra e vontade, disse o ex-jogador, que não deixou de elogiar o novo técnico cruzmaltino: Dorival Júnior. Ele é um bom treinador, que fez bons trabalhos em outros clubes e tem tudo para acertar no Vasco. Mas treinador não faz milagre, conclui.