Após a vitória no primeiro jogo contra o Botafogo, o Vasco agora só precisa não levar gol para enterrar o jejum de títulos estaduais. A julgar pelo desempenho da zaga titular, a torcida pode ficar tranquila. Com números que se destacam, Rodrigo e Luan conduzem o time nesta reta final.
Com a dupla em campo, o Vasco sofreu apenas dois gols no Estadual. Um contra o Tigres e, o outro, contra o Friburguense (dos cinco sofridos neste jogo, Rodrigo atuou em apenas um, já que saiu aos 27 minutos do primeiro tempo, com dores na coxa). No total, foram 12 jogos — ou 991 minutos.
— O Rodrigo foi uma das melhores contratações que o Vasco fez no ano passado — elogiou o ex-zagueiro Mauro Galvão, que usou a braçadeira de capitão, hoje sob a responsabilidade de Rodrigo, no título da Libertadores de 1998. — Ele ainda consegue ajudar o Luan. Os dois se encaixaram. O Luan está indo muito bem também. Vai à frente, faz gol. E faz isso tudo sem brincar lá atrás.
Na avaliação de quem já esteve aonde Rodrigo e Luan tentam chegar, a dupla está no caminho certo. Zagueiro no último Estadual conquistado pelos vascaínos, em 2003, Wellington Bruno vê na experiência do capitão o segredo para a boa química.
— O Rodrigo recuperou seu bom futebol. Ele está sendo fundamental para o time e, principalmente, para o Luan, que é muito novo. Está ajudando na construção da carreira dele.
Enquanto Rodrigo se destaca pela liderança, Luan vem chamando a atenção pela técnica. Com apenas 21 anos e cotado para a seleção olímpica, o zagueiro é um dos líderes do time em rebatidas (115) e passes certos (425) e é ainda o segundo com a maior posse de bola da equipe (20m15s).
— O Luan tem bom passe, sabe jogar tecnicamente. Eles se completam. É uma zaga que encaixou bem — analisou Ricardo Rocha, zagueiro do tri estadual de 1994.